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    William Waack

    Waack: Trump detona a guerra que não sabe como vai acabar

    Trump fala tanto de senso comum, mas se esquece de um dos mais significativos: superpotências são superpotências por serem capazes de conduzir grandes e fortes alianças

    William Waack

    As tarifas que Donald Trump impôs agora à noite a todas as exportações de aço e alumínio para os Estados Unidos são apenas o começo de uma imprevisível guerra comercial.

    A que foi deflagrada por Trump agora à noite não é exatamente uma novidade. Na primeira vez em que ocupou a Casa Branca, ele já havia feito coisa semelhante — com resultados muito disputados.

    Guerras comerciais quase nunca têm vencedor, mas sim muitos perdedores. O consumidor americano provavelmente será um deles, obrigado a pagar preços mais altos para sustentar um ramo industrial que lá perdeu capacidade de competição.

    O Brasil é também um dos perdedores. Somos o segundo maior fornecedor desse tipo de matéria-prima para os Estados Unidos, que compram quase a metade de nossas exportações nesse segmento.

    A visão que Trump tem de protecionismo é primitiva e ilusória, mas esse nem chega a ser o principal aspecto do que está acontecendo. Nesses últimos oito anos, a situação internacional mudou bastante, e o que hoje Trump está fazendo é subordinar a política comercial ao jogo geopolítico.

    Em outras palavras, o prejuízo a outros que ele trata de infligir com a imposição de tarifas não se limita a tentar brutalmente equilibrar balanços comerciais.

    Numa situação dessas, vale mais ainda o velho ditado: todo mundo sabe como guerras começam, mas nunca se sabe exatamente como terminam.

    Trump fala tanto de senso comum, mas se esquece de um dos mais significativos: superpotências são superpotências por serem capazes de conduzir grandes e fortes alianças. Trump quer fazer o contrário.

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