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    William Waack

    Waack: Divórcio entre EUA e China joga o mundo no desconhecido

    Trata-se de uma experiência inédita, sem paralelos na história moderna, e que está sendo conduzida de maneira atabalhoada pelo governo Trump

    William Waack

    O medo continua. Permanece forte o receio de que a economia mundial desacelere, o que representa a causa mais evidente das novas quedas nos mercados — mesmo após o anúncio do presidente Donald Trump de que adiaria, por 90 dias, a imposição de tarifas. A exceção, contudo, é a China, que será alvo de tarifas de 146%. Nesse caso, não se trata mais de uma tarifa comum, mas sim de um verdadeiro embargo comercial — e essa é a principal razão do temor global.

    Nunca antes se tentou um divórcio litigioso entre as duas maiores economias do mundo. No campo do comércio, o sentimento de medo é alimentado pelas incertezas, marca registrada das políticas de Trump. Nem mesmo seus assessores na área econômica sabem ao certo o que ele fará ao acordar a cada dia.

    Entretanto, o medo é ainda mais abrangente e profundo quando se pensa nas possíveis consequências de um divórcio econômico entre os Estados Unidos e a China. Trata-se de uma experiência inédita, sem paralelos na história moderna, e que está sendo conduzida de maneira atabalhoada pelos Estados Unidos. Do lado chinês, o movimento parece mais calculado e, até certo ponto, administrado, uma vez que o país vem se preparando há tempos para o chamado “efeito Trump”.

    Ainda assim, surge a pergunta: quem realmente controla a situação? Esse rompimento econômico pode eventualmente abrir caminho para algum tipo de crise militar? No momento, as consultorias especializadas em risco geopolítico consideram essa probabilidade baixa. No entanto, também não se acreditava, de forma geral, que a situação atual pudesse se concretizar tão rapidamente — até que, de fato, aconteceu.

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