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    Vendas no varejo avançam 3,8% em janeiro, diz IBGE

    Foi a maior variação para o mês desde o início da série histórica, em 2000; na comparação anual, alta foi de 2,6%

    Tamara Nassifda CNN em São Paulo

    O volume de vendas do comércio varejista no país avançou 3,8% na passagem de dezembro para janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (12). Esta foi a maior variação para o mês desde o início da série histórica, em 2000.

    No acumulado de 12 meses, o varejo teve crescimento de 1,3%. Em relação ao mesmo período de 2022, o setor apresentou alta de 2,6%.

    A expectativa do mercado, segundo pesquisa da Reuters, era de alta de 3,2% em relação a dezembro e de 1,4% na comparação anual.

     

    A alta registrada em janeiro, segundo o IBGE, também é a maior desde julho de 2021, quando o varejo avançou 3,9%. “É um resultado importante, porque o comércio vinha de resultados negativos ou estabilidade”, afirma Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). O setor estava no negativo desde setembro.

    O resultado do mês foi influenciado pelo crescimento de sete das oito atividades pesquisadas pelo IBGE. O destaque ficou com tecidos, vestuário e calçados, que cresceu 27,9% após quatro meses de baixa. Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo também ajudou a puxar o índice para cima, com aumento de 2,3%.

    “Ambos os setores sinalizam uma recuperação em janeiro. Pelo resultado de dezembro, é possível considerar que movimentos como Black Friday e o Natal não foram positivos para as duas atividades. Com as quedas anteriores e a base de comparação mais baixa, houve um crescimento importante em janeiro, motivado principalmente por iniciativas pós-Natal”, explica Santos.

    Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria foi o único setor que registrou queda nas vendas em janeiro, com recuo de 1,2%.  “Esse movimento foi muito influenciado por cosméticos e perfumaria, que seguem em queda e têm variações mais sensíveis, já que os artigos médicos e farmacêuticos costumam ter trajetória mais estável”, afirma o gerente da pesquisa.

    No varejo ampliado, houve variação mensal de 0,2%, enquanto a anual foi de 0,5%. Além das oito atividades pesquisadas, também entram os setores de veículos, motos, partes e peças, o de material de construção e o atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo — grupo “estreante” na pesquisa do IBGE.

    Na comparação anual, a alta de 2,6% inclui seis das oito atividades pesquisadas, com destaque para combustíveis e lubrificantes (26,7%), livros, jornais, revistas e papelaria (15,2%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (14,8%).

    Somente artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-7,6%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-6,5%) recuaram ano a ano.

    No varejo ampliado, veículos, motos, partes e peças cresceu 4,4%, enquanto materiais de construção tiveram alta de 1,1%. Apenas o atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo teve queda, a 0,9%.

    A pesquisa ainda aponta que a alta foi disseminada em 23 das 27 unidades federativas, com destaque para Espírito Santo (8,8%), Tocantins (8,7%) e Roraima (7,4%). Entre as quedas, Mato Grosso (-1,7%), Amapá (-1,6%) e Paraíba (-1,7%) lideraram.

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