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    Vendas caem nos restaurantes e sobem nos supermercados em janeiro

    Números são reflexo do agravamento da pandemia em todo o país, crescimento da inflação, queda na renda e mudanças no comportamento de consumo

    Francisco Carlos de Assis, do Estadão Conteúdo

    As vendas de supermercados aumentaram, em média, 2,7% em janeiro na comparação com janeiro de 2021, enquanto o consumo em restaurantes caiu 2,7%, segundo compilação feita pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base em transações feitas por meio de cartões da Alelo, bandeira especializada em benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas.

    Os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) revelam ainda baixa de 0,7% na quantidade de vendas e de 2,5% no número de estabelecimentos que efetivaram pelo menos uma transação no mês de janeiro.

    “Possivelmente, esses números são reflexo do agravamento da pandemia em todo o país, com efeito da nova variante, crescimento da inflação, queda na renda e mudanças no comportamento de consumo, repercutindo diretamente na queda dos indicadores relacionados a bares e restaurantes”, destaca o presidente da Alelo, Cesario Nakamura.

    Em relação aos Índices de Consumo em Supermercados (ICS), os dados de janeiro, em comparação com o mesmo período de 2021, mostram avanço de 5,5% no número de estabelecimentos que efetivaram pelo menos uma transação e 6,6% na quantidade de vendas.

    Os números, que voltaram a frequentar o terreno negativo depois de mostrar variação positiva em dezembro, avaliam o desempenho dentro do cenário da pandemia e consideram a inflação no período. Ou seja, mostra que a queda se deu em termos reais.

    Pré-pandemia

    Quando se observa as variações calculadas comparando 2022 com 2019, período pré-pandemia, o ICR mostra queda em dois indicadores em janeiro: de 25% no faturamento e 40,3% na quantidade de vendas. Já o número de estabelecimentos que realizou transações aumentou 1,7%.

    “Ao analisar o comportamento de consumo em supermercados, de acordo com o ICS, observamos um aumento de 9,8% no faturamento e 14,1% no número de estabelecimentos que registrou ao menos uma transação, enquanto houve queda de 1,3% na quantidade de vendas”, afirma Nakamura.

    Segundo os pesquisadores da Fipe, os últimos números evidenciam um avanço forte e generalizado para o segmento de supermercados.

    Isso porque, nesse mês, até a quantidade de vendas, que permanecia muito abaixo dos níveis pré-pandemia, apresentou resultados melhores. Ao longo de 2021, esse indicador oscilava com uma queda em torno de 10% em relação a 2019; já no último mês, ele ficou a apenas 1,3% do patamar de janeiro de 2019.

    A Fipe e a Alelo destacam que o ICS acompanha as transações realizadas em estabelecimentos como supermercados, quitandas, mercearias, hortifrútis, sacolões, entre outros, e que o ICR aponta a evolução do consumo de refeições prontas em estabelecimentos como restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, além de serviços de entrega (delivery) e retirada em balcão para viagem (pick-up).

    Ambos são calculados com base nas operações realizadas a partir da utilização dos cartões Alelo Alimentação e Alelo Refeição, em todo território nacional.

    Errata: A versão original deste texto informava que as vendas de supermercados caíram 2,7% em janeiro de 2022 na comparação com janeiro de 2021, quando, na verdade, subiram 2,7%. A informação foi corrigida.

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