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    Uruguai decide não assinar comunicado conjunto do Mercosul

    País reclama de protecionismo econômico do bloco e indica que pode negociar um tratado de livre-comércio com a China de forma unilateral

    Pedro Teixeirada CNN , Puerto Iguazú, Argentina

    O Uruguai deu mais um sinal de divergência com as posições adotadas dentro do Mercosul. O país decidiu, pela quarta vez, não assinar o comunicado conjunto que foi publicado pelos demais países membros do bloco.

    Sem o presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, assinaram o documento os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Alberto Fernández (Argentina) e Mario Abdo Benítez (Paraguai).

    O Uruguai vem reclamando do protecionismo econômico do Mercosul. Lacalle Pou cobrou, mais uma vez, uma solução do bloco para as negociações com a China e ressaltou que vai seguir com as negociações com os asiáticos.

    “Com relação a China, vocês sabem a posição do Uruguai. Quando vemos que não avançamos juntos, entendemos a visão de cada um de vocês. A nossa é que façamos juntos. Se não podemos fazer assim, vamos fazer bilateralmente”, reiterou o presidente uruguaio.

    Segundo Lacalle Pou, o seu país estaria perdendo “mercados”, ao postergar essa negociação.

    “A verdade é que substancialmente não existe nada [de acordos do Mercosul com outras regiões], e o Uruguai luta para conseguir mercados. Não é um capricho, a participação do Uruguai no Mercosul foi se enfraquecendo. A balança comercial do Uruguai com cada um dos países-sócios é deficitária. Precisamos [o Mercosul] avançar e, se não for juntos, faremos bilateralmente”, completou Lacalle Pou.

    No comunicado conjunto, Brasil, Argentina e Paraguai não citam diretamente as demandas uruguaias, mas se comprometem em discutir mudanças.

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