Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    União Europeia lidera barreiras comerciais a produtos brasileiros; veja ranking

    Levantamento da CNI mostra que, de 85 barreiras qualificadas e notificadas pelo governo brasileiro, 18 são impostas pelo bloco europeu

    Bandeiras da União Europeia do lado de fora da Comissão Europeia, em Bruxelas
    Bandeiras da União Europeia do lado de fora da Comissão Europeia, em Bruxelas 14/07/2021 REUTERS/Yves Herman

    Da CNN

    Uma a cada cinco barreiras comerciais qualificadas e notificadas ao governo brasileiro são impostas pela União Europeia. A informação consta em levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em conjunto com entidades setoriais e visa contribuir para a estratégia de superação das restrições às exportações brasileiras.

    A edição deste ano do levantamento mostra que, das 85 barreiras qualificadas e notificadas, 18 são impostas pelo bloco europeu. Os mercados que mais se aproximam são o chinês e o japonês, que somam sete restrições cada (menos da metade do registrado pela União Europeia).

    Confira os mercados que impõem mais barreiras ao Brasil:

    União Europeia: 18
    China: 7
    Japão: 7
    Argentina: 6
    Arábia Saudita: 5
    México: 5

    Em entrevista à CNN, Constanza Negri, gerente de Integração e Comércio Exterior da CNI, defende que o governo federal deve “considerar todas as ferramentas possíveis e ações viáveis” para eliminar barreiras e medidas restritivas que ‘criam discriminações injustificadas”.

    “Essa avaliação deve ser feita com muito cuidado, através de uma análise detalhada e cautelosa, mas com o pragmatismo necessário para reconhecer que se essas medidas não forem eliminadas é preciso ir a outras alternativas”, disse, sem mencionar quais seriam essas opções mais drásticas.

    Considerando números de 2023 compilados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), dos US$ 151 bilhões vendidos para União Europeia e China, US$ 79 bi estão expostos aos obstáculos. Isso equivale a 23% do valor exportado pelo Brasil no ano passado.

    Das 85 barreiras identificadas, 22 dizem respeito a restrições sanitárias e fitossanitárias, 17 de regulamento técnico, 17 de imposto de importação, nove de sustentabilidade, cinco de licenciamento de importação e 15 outras medidas, como cota tarifária de importação e subsídios.

    A CNI reconhece, no entanto, esforços do governo para derrubar restrições. O documento destaca progresso alcançado na mitigação e eliminação de três barreiras específicas: uma relacionada aos têxteis na Argentina, outra aos cosméticos na China e a terceira aos alimentos no Peru.

    Publicado por Danilo Moliterno.