Turismo, Maconha e Videogame: confira os setores vencedores e perdedores de 2020
Em um ano de dificuldades generalizadas, quase nenhum negócio passou sem ser afetado pela Covid-19; mas alguns deles não têm do que reclamar
Em um ano de dificuldades generalizadas e muitas vezes destruidoras, quase nenhum negócio ou setor passou 2020 sem ser afetado pela pandemia Covid-19. Mas alguns deles não têm do que reclamar.
Veja quais foram os maiores vencedores e perdedores do mercado norte-americano em 2020 e uma prévia do que o ano que vem pode trazer.
Vencedor: Habitação e construção
O mercado imobiliário esteve em alta em 2020, apesar do estrago produzido pela Covid-19 na economia em geral. Na verdade, a pandemia foi provavelmente um dos principais motores da força do mercado imobiliário.
Os preços e as vendas de imóveis dispararam, impulsionados pelo súbito interesse de quem podia trabalhar e estudar em casa por lugares mais afastados dos centros urbanos.
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Ações de construtoras norte-americanas, incluindo a Lennar e a D.R. Horton, bem como de varejistas de materiais de construção, como Home Depot, Lowe’s e Williams-Sonoma, decolaram em 2020. As vendas da Home Depot aumentaram 18%, enquanto as vendas da Lowe subiram 23%.
O que vem por aí: As perspectivas para 2021 permanecem fortes, em grande parte devido ao fato de que o financiamento imobiliário ficou muito barato em 2020 e a queda nos rendimentos dos títulos de longo prazo. – Paul R. La Monica
Perdedor: Turismo e hospitalidade
Sair de férias não foi uma opção para a maioria das pessoas durante a pandemia. O setor de cruzeiros foi bastante prejudicado, com empresas como Carnival, Royal Caribbean e Norwegian sendo forçadas a suspender as viagens durante grande parte de 2020 e em 2021. As ações das três despencaram entre 45% e 60% este ano.
As notícias não foram muito melhores para as redes de hotéis, arrasadas pelo declínio na demanda para viagens de lazer e negócios.
O que vem por aí: O setor espera uma recuperação, já que os possíveis viajantes confinados querem pegar a estrada em 2021, quando as vacinas estiverem amplamente disponíveis.
Mas não está claro se as viagens de negócios – o principal motor do setor – se aproximarão dos níveis pré-pandemia em um momento em que as chamadas de videoconferência estão funcionando bem.
Para piorar ainda mais o quadro para os grandes hotéis, o Airbnb, que já havia virado a indústria da hospitalidade de ponta-cabeça, disparou quando passou a ter suas ações na bolsa em dezembro. A plataforma de compartilhamento de imóveis agora vale cerca de US$ 90 bilhões, mais do que o dobro do Marriott e três vezes o valor de mercado do Hilton – Paul R. La Monica
Vencedor: Maconha
Nos Estados Unidos, a maconha ainda não é legal no nível federal, mas o número de estados que já aprovaram o uso de cannabis para fins recreativos subiu para 13, com a adesão de quatro novos estados no dia da eleição presidencial.
O setor continua confiando em uma descriminalização federal da cannabis durante o governo Biden. Produtos que contêm CBD (o canabidiol extraído do cânhamo e da cannabis) já são legais e as vendas também aumentaram em 2020.
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Tudo isso ajudou a impulsionar um aumento nas ações das empresas da área. Os papéis da Canopy Growth e da Cronos, apoiados por Constellation Brands e Altria, respectivamente, dispararam depois de novembro. As ações da atual líder do setor, Curaleaf, também saltaram, quase dobrando no ano.
O que vem por aí: Pode haver mais consolidação no setor em 2021. Atualmente, as empresas procuram trabalhar juntas após o anúncio, em dezembro, de que Tilray e Aphria estavam se fundindo para criar a maior empresa de cannabis do mundo. – Paul R. La Monica
Perdedor: Petróleo
Muitos setores lutaram com a queda dos preços em 2020, mas o petróleo é a única grande commodity que ficou negativa.
A viagem sem precedentes abaixo de zero no primeiro semestre foi causada por um colapso épico na demanda durante a pandemia e uma guerra de preços entre a Arábia Saudita e a Rússia.
Embora o petróleo tenha se recuperado, as empresas do setor ainda estão em crise. Dezenas de frackers faliram. O setor de energia do S&P 500 caiu mais de 30% este ano, o pior desempenho de uma área de negócios no mercado de ações.
O que vem por aí: A indústria do petróleo certamente se beneficiará com a reabertura da economia dos EUA em 2021 e com as pessoas começando a voar e dirigir mais. Mas as vacinas contra o coronavírus não resolverão a maior ameaça do petróleo: uma crise climática que está levando os investidores a abandonar os combustíveis fósseis. –Matt Egan
Vencedor: Energia solar
O avanço do investimento socialmente consciente ajudou a levar o setor de energia solar a um ano de sucesso.
Cada vez mais os investidores enxergam as empresas de combustíveis fósseis como as principais contribuintes para a crise climática – e estão apostando que as companhias de energia solar são uma parte crucial da solução.
O ETF Invesco Solar subiu mais de 200% este ano. A Sunrun, maior empresa de energia solar de telhados dos EUA, subiu mais de 300%.
São ganhos surpreendentes, impulsionados pela forte demanda por energia solar, pela ascensão do movimento de investimento em ESG (Meio Ambiente, Sustentabilidade e Governança Corporativa) e pelo entusiasmo com a próxima reversão na política climática do governo dos EUA.
O que vem por aí: O maior desafio para as ações de energia solar em 2021 é que elas podem estar quentes demais. Certamente haverá alguns problemas de crescimento antes que o setor realmente corresponda ao hype. Mas, depois de quatro anos de negação das mudanças climáticas na Casa Branca, a promessa do presidente eleito Joe Biden de enfrentar urgentemente a crise climática sem dúvida ajudará a impulsionar a indústria de energia solar. –Matt Egan
Perdedor: Bancos
O ano de 2020 foi facilmente o pior ano para os bancos norte-americanos desde a Grande Recessão. Os credores sofreram dezenas de bilhões de dólares em perdas enquanto se preparavam para a inadimplência dos empréstimos e os preços das ações caíam em espiral.
Mesmo grandes bancos como o Citigroup e o Bank of America estão terminando o ano em queda acentuada, e o Wells Fargo continua uma grande bagunça.
O que vem por aí: A boa notícia para os bancos: é assim mesmo durante as recessões. Os bancos sofrem à medida que a inadimplência aumenta, a demanda por empréstimos encolhe e as taxas de juros despencam.
O lado bom é que o sistema bancário dos EUA tinha acabado de enfrentar, e superar, um teste de estresse do mundo real. Graças em parte às medidas de emergência do Federal Reserve e do Congresso, nenhum banco importante entrou em colapso.
Os mercados financeiros em expansão também ajudaram a amortecer o golpe, com os bancos lucrando com o aumento de IPOs e vendas de dívidas. Se a recuperação em forma de V de Wall Street se espalhar para as empresas fora da bolsa, os bancos deverão voltar a ser vencedores em 2021. –Matt Egan
Vencedor: Bitcoin
A bitcoin e outras criptomoedas despencaram junto com o mercado de ações logo depois que a Covid-19 paralisou a economia dos Estados Unidos, em março.
Mas ela veio rugindo de volta para bater novos recordes históricos, chegando perto de US$ 30.000 desde então. No final, os preços mais do que triplicaram este ano.
Os investidores migraram para a bitcoin com o enfraquecimento do dólar, em grande parte como resultado da redução das taxas de juros para zero pelo Fed.
Além disso, os principais gestores de fundos de hedge, Paul Tudor Jones e Stanley Druckenmiller, ajudaram a validar a bitcoin com investimentos neste ano. Muitos investidores veem a bitcoin como um substituto para o ouro, ou seja, uma proteção contra novas quedas do dólar.
O que vem por aí: A bitcoin pode se tornar uma forma mais aceitável de pagamentos digitais em 2021 depois que as poderosas fintechs Square e PayPal passaram a permitir que os usuários comprem, vendam e guardem bitcoins.
Mas o fundador da Skybridge Capital, Anthony Scaramucci, que tem uma grande participação na bitcoin, alertou os investidores que a moeda digital está prestes a quebrar. Ele acredita que o investimento continua forte, mas pode cair de 20% a 50% de uma hora para outra. – Paul R. La Monica
Perdedor: Companhias aéreas
O setor de aviação teve anos terríveis no passado, mas nenhum foi tão devastadoramente horrendo quanto 2020. As viagens aéreas nos EUA chegaram a praticamente parar em abril.
O tráfego se recuperou modestamente no final do ano, apesar do aumento de casos de Covid-19, mas o número de passageiros revistados pela TSA nos aeroportos dos EUA ainda estava abaixo de 63% em comparação com a temporada de férias de um ano atrás.
As companhias aéreas conseguiram US$ 50 bilhões em doações e empréstimos do governo federal no início deste ano para enfrentar a tempestade e devem receber mais US$ 15 bilhões do pacote de estímulo aprovado recentemente. Mesmo assim, perderam US$ 24,2 bilhões nos primeiros nove meses deste ano.
O que vem por aí: Mais perdas são esperadas neste quarto trimestre e ao longo de 2021. Não se espera que as viagens aéreas se recuperem nos próximos anos, mesmo com a vacina aumentando as esperanças para o fim da pandemia.
O tráfego aéreo, especialmente as viagens de negócios que são mais lucrativas, normalmente leva vários anos para se recuperar após uma recessão. – Chris Isidore
Vencedor: Videogames
Os consumidores ficaram presos em casa este ano, e os videogames deram aos jogadores a oportunidade de passar o tempo sozinhos enquanto ainda interagiam com seus amigos.
O movimento ajudou o boom da indústria de videogames em 2020, esgotando os consoles Nintendo Switch e registrando um crescimento recorde em plataformas de streaming, incluindo Facebook Gaming e a Twitch, da Amazon. Os e-sports também foram beneficiados com a interrupção dos esportes tradicionais.
Em março, enquanto países em todo o mundo estavam entrando em lockdown, “Animal Crossing: New Horizons” foi lançado e se tornou um sucesso recorde para a Nintendo, vendendo 26 milhões de cópias a US$ 60 cada.
A plataforma de vídeo do Google, YouTube, registrou seu melhor ano em 2020, com mais de 100 bilhões de horas despendidas na visualização de conteúdo de jogos.
O que vem por aí: Os especialistas preveem que a indústria de jogos deve continuar crescendo em 2021. Apesar de uma recessão esmagadora, os jogadores ainda conseguiram comprar todos os consoles PlayStation 5 e Xbox Series X disponíveis neste ano a US$ 499 cada. – Shannon Liao
Perdedor: Shoppings
Diversas lojas de departamentos clássicas de grandes shoppings, que já estavam lutando antes da pandemia, foram à falência, incluindo JCPenney, Neiman Marcus e Lord & Taylor.
Embora as duas primeiras ainda estejam em funcionamento, a Lord & Taylor anunciou que fechará todas as suas lojas.
Os varejistas de roupas foram particularmente afetados, pois milhões de pessoas perderam o emprego e outros milhões passaram a trabalhar em casa, reduzindo a necessidade de comprar peças para usar no trabalho.
A Tailored Brands, que opera Men’s Warehouse e Jos. A. Bank, e a Ascena, proprietária da Ann Taylor e Lane Bryant, também faliram.
A pandemia foi mortal para os proprietários de shopping centers. A maioria dos shoppings foi forçada a fechar durante os lockdowns no primeiro semestre, e a onda de falências de inquilinos resultou em bilhões de aluguel não pago.
O que vem por aí: O futuro dos shoppings dependerá do sucesso que eles terão em encontrar lojistas não tradicionais para ocupar o lugar dos varejistas que não voltarão mais. Os shoppings estavam em sérios apuros antes da pandemia, o que apenas agravou seu declínio. – Chris Isidore
Vencedor: Grandes varejistas
A Amazon e outros varejistas online estão entre os maiores vencedores da pandemia, à medida que as pessoas ficam mais cautelosas ao deixar suas casas.
Mas hipermercados, como o Walmart, Target e Costco, também ganharam muito, com mais clientes buscando lojas onde podiam fazer todas as compras de uma vez. As vendas aumentaram 7% no Walmart, 12% na Costco e 19% na Target nos últimos três trimestres.
Essas redes foram consideradas essenciais e puderam permanecer abertas durante o primeiro semestre, quando muitas outras lojas foram forçadas a fechar. A Target e o Walmart também aumentaram suas vendas online graças à coleta na calçada.
O que vem por aí: Não se espera que os grandes varejistas percam terreno quando a pandemia terminar, mesmo que o ritmo de crescimento das vendas diminua. Eles aumentaram suas operações digitais em 2020 e estão bem posicionados para ter sucesso no futuro, mesmo depois que os clientes se sentirem confortáveis comprando nas lojas locais novamente. – Chris Isidore
Perdedor: Montadoras
A indústria automobilística sofreu um grande golpe com a pandemia em seus primeiros meses, com fábricas fechadas e demanda por carros caindo drasticamente.
As montadoras eliminaram empregos e reduziram os turnos de milhões de trabalhadores no setor automotivo.
As locadoras de veículos, normalmente grandes compradoras de carros novos, praticamente interromperam suas compras com a interrupção nas viagens aéreas e a demanda por carros de aluguel despencando. Aos 102 anos, a Hertz foi forçada a pedir falência.
O que vem por aí: A demanda por carros se recuperou muito mais rápido do que muitos esperavam. Embora as vendas de automóveis não devam retornar aos níveis de 2019 tão cedo, a pandemia deu um impulso inesperado às vendas de carros ao infundir o medo de usar transporte público ou serviços de carona como o Uber. Isso pode impulsionar a recuperação da indústria automobilística em 2021. – Chris Isidore
Vencedor: Big Tech
A tecnologia emergiu como vencedora durante a pandemia, com serviços de nuvem e conectividade prosperando em um mundo de contatos virtuais.
A receita da Netflix aumentou 73% nos últimos três trimestres. As vendas do serviço de videoconferência Zoom aumentaram 307%. E a Amazon estava entre as maiores vencedoras, com vendas saltando US$ 67 bilhões, ou 35%, nos primeiros três trimestres do ano.
A economia ficou mais dependente de serviços tecnológicos do que de setores tradicionais, como manufatura ou varejo, e fez investidores correrem para comprar ações de tecnologia, aumentando ainda mais seu valor.
Microsoft, Apple, Amazon, Alphabet – a proprietária do Google – e Facebook se consolidaram como as cinco empresas mais valiosas do país. Juntas, valem mais de US$ 7,5 trilhões.
O que vem por aí: A crescente pressão antitruste representa uma grande ameaça para empresas de tecnologia. Embora as disputas não sejam provavelmente resolvidas tão cedo, a ação legal e regulatória para controlar as Big Techs se tornou uma questão bipartidária rara em Washington. – Chris Isidore
Perdedor: Indústria
A manufatura tradicional teve um ano muito difícil. A produção industrial despencou 16,5% entre fevereiro e abril. Mesmo após a recuperação, as fábricas dos EUA ainda estão produzindo 5% abaixo de seus níveis pré-pandêmicos.
A produção de alumínio no país caiu 8,1%, enquanto a produção de aço desabou 18%. Nenhum fabricante teve mais problemas do que a Boeing em 2020, atingida pela retração nas viagens aéreas e pelos clientes de companhias aéreas que tentavam economizar dinheiro atrasando ou cancelando compras de aeronaves.
A Boeing entrou no ano como a maior exportadora do país, o que fez da queda abrupta de venda de suas aeronaves comerciais um grande obstáculo para a economia em geral.
O que vem por aí: O setor industrial continua a ser uma parte importante da economia dos EUA. Mas sempre que passa por uma desaceleração como essa, raramente retorna ao nível anterior. Portanto, a importância da manufatura para a saúde econômica geral do país quase certamente continuará a diminuir. – Chris Isidore
Vencedor: Criadores
Os criadores têm encontrado maneiras de manter seu conteúdo atualizado e inovador ao longo de 2020, especialmente durante a pandemia. As plataformas que suportam esses criadores se beneficiaram significativamente.
Os downloads da Twitch aumentaram 61% em todo o mundo de janeiro a novembro, de acordo com a Apptopia, uma empresa de aplicativos móveis e inteligência de negócios.
O Patreon, uma plataforma social e de associação para criadores de conteúdo, cresceu 43%, e os downloads do Cameo, um aplicativo que permite que você pague por mensagens de celebridades, cresceu 134%.
Essas plataformas permitiram aos criadores produzir conteúdo com mais facilidade, divulgá-lo ainda mais e também monetizá-lo. Isso se deve em parte aos lockdowns de pandemia que ajudaram a redefinir o cenário do criador de quem é notado e por quê, com as mídias sociais servindo como megafone para o conteúdo que esses criadores compartilham e publicam.
O que vem por aí: Gigantes sociais como Facebook e Snapchat tomaram nota, lançando suas próprias versões de plataformas de criadores populares como o TikTok para competir e acompanhar a mania de conteúdo. É um sinal de que o crescimento meteórico dos criadores neste ano deverá continuar em 2021. – Jazmin Goodwin
Perdedor: Salas de cinemas
A pandemia de coronavírus forçou o fechamento de cinemas em todo o mundo, levando a uma queda nas vendas de bilheteria nos EUA de quase 80%, de acordo com a Comscore.
O cenário também empurrou mais pessoas presas em casa para o streaming. A Netflix e a Disney prosperaram enquanto os negócios globais de salas de cinema global, que valiam US$ 43 bilhões, foram destruídos.
O que vem por aí: Com estúdios tradicionais, incluindo Disney e Warner Bros, entrando de cabeça nos empreendimentos de streaming, os cinemas se encontram em uma posição perigosa.
Mas a maior questão em Hollywood é: será que os consumidores retornarão às salas de projeção assim que as vacinas imunizarem a população em geral, ou os dias de glória de ir ao cinema chegaram ao seu ato final? –Frank Pallotta
Vencedor: Streaming
Durante anos, parecia que o streaming e os cinemas estavam em guerra entre si. Empresas de streaming como a Netflix queriam oferecer entretenimento aos consumidores quando e onde quisessem, enquanto os cinemas queriam manter a exclusividade que tem sido vital para seus negócios (junto com as vendas de pipoca, claro) no último século. Em 2020, parece que o streaming ganhou.
O que vem por aí: O streaming claramente veio para ficar. A Warner Bros. tomou a ousada decisão de lançar todos os seus filmes simultaneamente nos cinemas e na HBO Max.
A Disney registrou um crescimento elétrico com um quadro impressionante para 2021 e além. E a Netflix continua gastando muito para produzir o conteúdo original que a tornou tão popular. — Frank Pallotta
(Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês).