Turismo cresce pelo quinto mês e registra menor perda mensal da pandemia
CNC antecipou a previsão de recuperação plena do setor, do quarto para o segundo trimestre de 2022
Com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a flexibilização das medidas restritivas, o setor do turismo já cresce pelo quinto mês consecutivo.
As informações da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgadas nesta quinta-feira (14), mostram que o setor deve registrar um crescimento superior a 19% até o fim de 2021, melhor índice desde o início da pandemia do novo coronavírus.
Dessa forma, a recuperação plena do setor foi antecipada do quarto para o segundo trimestre de 2022.
“Com a vacinação da população e a flexibilização das restrições impostas pela pandemia, acreditamos que o setor poderá se recuperar, sim, antes da metade do próximo ano”, afirmou o economista da CNC e responsável pela pesquisa, Fabio Bentes.
A Confederação aponta ainda que, em agosto, o turismo registrou a menor perda mensal desde março de 2020. Entretanto, o setor ainda apresenta um volume de receitas 20,8% abaixo do registrado em fevereiro do ano passado.
A recuperação do setor também é observada no mercado de trabalho. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) detalha que as empresas do segmento contrataram, nos últimos doze meses, 3,2 mil pessoas. O número representa um avanço de 8,3% do estoque de postos de trabalho, segundo o Caged.
Além do turismo, a projeção da CNC destaca que a expectativa de crescimento de receitas do setor de serviços no Brasil deve avançar 6,4% até o fim de 2021.
A estimativa tem como base os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de agosto, divulgada nesta quinta-feira (14), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IBGE mostrou ontem que índice de atividades turísticas avançou 4,6% em agosto ante julho, quarta taxa positiva seguida. Nesse período, o segmento acumula crescimento de 49,1%.
Oito das 12 unidades da federação observadas nesse indicador apresentaram taxas positivas, com destaque para São Paulo (4,9%), Minas Gerais (4,7%), Goiás (8,8%) e Paraná (5,4%). No campo negativo, o Rio de Janeiro (-1,1%) teve o resultado negativo mais importante do mês.
De uma forma geral o setor de serviços teve avanço em quatro dos cinco grupos de atividades pesquisadas no mês.