Termina prazo de exclusividade da Highline para compra da Oi
Nos próximos dias, a Oi deve divulgar ao mercado quem será o seu “stalking horse” – a empresa que terá preferência pelo leilão que acontece até janeiro

Terminou hoje o prazo de exclusividade para a Highline negociar a compra das operações de telefonia celular da Oi. A partir de amanhã, a empresa pode se engajar em negociações mais diretas com o consórcio formado por Tim, Claro e Vivo e com outros pretendentes que eventualmente aparecerem.
Até o momento em que esta notícia foi publicada, a Highline não havia entregue uma contraproposta capaz de cobrir a oferta de R$ 16,5 bilhões feita pelas concorrentes Tim,Claro e Vivo, conforme fontes que acompanham de perto o processo.
A provável saída da Highline da disputa alarmou os investidores e as ações caíram quase 11% nesta segunda-feira (3). Nos próximos dias, a Oi deve divulgar ao mercado quem será o seu “stalking horse” – a empresa que terá preferência pelo leilão que acontece até janeiro.
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Segundo pessoas envolvidas no assunto, seria até mais interessante para a Oi fechar com a Highline, apesar da diferença de cerca de R$ 1 bilhão entre as duas propostas. A vantagem seria agilizar a aprovação pelas autoridades de defesa da concorrência.
A companhia, porém, poderia ser questionada pelos credores por aceitar uma oferta menor, porque está em recuperação judicial e precisa prestar contas. A Oi precisa dos recursos para pagar sua dívida de cerca de R$ 20 bilhões.
Em entrevista ao CNN Líderes, Rodrigo Abreu, presidente da Oi, disse que a preferência da empresa é pela melhor oferta e que seu plano de negócios já prevê uma análise detalhada pelas autoridades de defesa da concorrência.
Isso não significa, no entanto, que a Highline desistiu totalmente da Oi. Conforme fontes ouvidas pela reportagem, a empresa segue interessada nos ativos de infraestrutura de fibra ótica, para a qual a Oi procura um sócio.
A infraestrutura de fibra ótica é atualmente o ramo mais rentável do setor de telecomunicações. Mas também nessa disputa a Highline também enfrentará concorrência: um fundo de investimento capitaneado pelo BTG.
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