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    “Tendência é relação com BC acalmar”, diz Henrique Meirelles à CNN sobre Galípolo

    Ex-presidente do BC falou sobre o que esperar da relação Galípolo com a autarquia após a mudança na presidência

    Débora OliveiraThais Herédiada CNN , São Paulo

    Aprovado para ocupar a presidência do Banco Central (BC) por unanimidade na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) com placar de 66 votos a favor e 5 contra, o economista Gabriel Galípolo teve proporcionalmente uma das maiores aprovações para o cargo dos últimos 25 anos.

    A aprovação já era amplamente esperada e, para o ex-presidente BC, Henrique Meirelles, que ocupou o cargo de 2003 a 2011, Galípolo tem dado demonstrações de compromisso com a meta de inflação e decisões técnicas do BC.

    Compromissos que foram reforçados pelo próprio indicado de Lula, nesta semana, enquanto era sabatinado por parlamentares no Senado.

    Ao CNN Entrevistas, Meirelles lembrou que essa é a linha correta a ser seguida por quem estiver à frente da entidade e disse que, como uma vantagem, Galípolo já tem experiência na autarquia e conhece as metodologias, além da experiência de mercado, como presidente do Banco Fator.

    A experiência de Galípolo, somada ao fato de o economista ser indicação do atual governo, tende a diminuir o tom das críticas e favorecer ainda mais a relação institucional entre Executivo e BC.

    Tais críticas sempre foram motivadas pela atual postura contracionista da autarquia, que vem mantendo os juros mais altos para conter a inflação no país. Uma postura correta na visão de Meirelles.

    “Eu particularmente acho que o Banco Central tá agindo tecnicamente durante esse período todo, mas é compreensível que o presidente tenha receio e ataque”, diz.

    O receio mencionado por Meirelles durante a entrevista, está relacionado ao fato de Roberto Campos Neto, atual presidente do BC, ser indicado do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que naturalmente despertava desconfiança de Lula e de líderes do Partido dos Trabalhadores (PT) quanto às decisões de política monetária.

    “A minha impressão é que agora com os diretores nomeados por ele, a tendência disso é acalmar, porque ele [Lula] passa a ter mais segurança de que, independentemente dele gostar ou não gostar da decisão, aquela diretoria não tá fazendo nada contra o governo, está fazendo aquilo que tecnicamente acha que deve fazer, esse é o ponto.”

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