Táxis europeus estão se juntando à Uber, diz executiva da plataforma
Anabel Diaz disse que os negócios estão fortes na Europa, apesar da incerteza persistente sobre as regras trabalhistas do setor de aplicativos
A Uber está vendo um aumento de motoristas de táxi europeus se juntando à sua plataforma, disse uma executiva à Reuters, um movimento surpreendente, dada a história de tensões entre a empresa e o setor tradicional de táxis.
Em entrevista, Anabel Diaz, da Uber, que supervisiona os negócios de mobilidade (compartilhamento de viagens) da empresa na região da Europa, África e Oriente Médio, disse que os negócios estão fortes na Europa, apesar da incerteza persistente sobre as regras trabalhistas do setor de aplicativos.
Europa, Oriente Médio e África “estão crescendo razoavelmente bem com números que vão de 10% a mais de 50% de crescimento em algumas de nossas geografias”, disse ela.
Os maiores mercados europeus da Uber são Reino Unido, França, Alemanha e Espanha. Os locais têm “desempenho comercial muito sólido com muita inovação, incluindo o desenvolvimento de nossa solução de táxi em todos esses países”, disse ela.
A Uber diz que o uso do aplicativo pelos taxistas europeus dobrou no ano encerrado em 30 de abril, de 5% para 10% de todas as corridas. Os motoristas de táxi que usam o aplicativo o consideram um complemento para seus negócios tradicionais.
O conflito entre táxis e Uber diminuiu devido a regras que exigem que os motoristas particulares tenham uma licença comercial.
A Europa foi responsável por US$ 2,1 bilhões em receita do grupo nos três meses encerrados em 31 de março, cerca de 24% do total da empresa, tornando-se o maior mercado da empresa fora dos Estados Unidos.
As regras sobre quando os trabalhadores temporários deverão ser considerados funcionários permanecem em discussão na Europa, com diferentes modelos em vigor na Espanha, Alemanha e no Reino Unido. Os países da União Europeia tentarão chegar a um acordo sobre regras em uma reunião do Conselho Europeu em junho.
A Uber argumenta que seus motoristas deveriam ser terceirizados. Mas “a realidade é que vamos nos adaptar… (e) os negócios encontrarão um caminho a seguir”, disse Diaz.