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    Suzano tem prejuízo de R$ 2 bi no 2º tri com pressão do dólar nas despesas

    Procura por papel higiênico ajudou vendas de celulose subirem 25%, mas aumento foi ofuscado por pressão nos custos

    Aluisio Alves, da , Reuters

    A Suzano (SUZB3) teve prejuízo bilionário no segundo trimestre, uma vez que as receitas turbinadas por aumentos dos volumes de venda de celulose foi ofuscado por maiores despesas financeiras devido aos efeitos da desvalorização do real frente ao dólar.

    A companhia anunciou nesta quinta-feira que teve prejuízo de R$ 2,05 bilhões no período, ante lucro de R$ 700 milhões um ano antes. Ainda assim, o número veio melhor do que a previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de prejuízo de R$ 4,26 bilhões.

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    As vendas de celulose da Suzano de somaram 2,778 milhões de toneladas, aumento ano a ano de 25%. Esse aumento foi ofuscado pela queda de 26% no preço médio líquido de celulose no mercado externo. Na contramão, as vendas de papel recuaram em 22%, impactadas pela pandemia de Covid-19, para 235 mil toneladas, mas os preços subiram 7%.

    De todo modo, os maiores volumes e a alta do dólar fizeram a receita líquida da companhia no trimestre subir 20% ano a ano, para R$ 8 bilhões.

    E o resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado deu um salto de 35%, a R$ 4,18 bilhões. O número também veio acima da previsão média de analistas ouvidos pela reportagem, de R$ 3,47 bilhões.

    Segundo a Suzano, a demanda por celulose foi beneficiada, em um primeiro momento, pelo crescimento da demanda de papéis sanitários, na esteira dos efeitos da pandemia do coronavírus.

    A relação dívida líquida da empresa sobre Ebitda ajustado em reais saltou de 3,5 vezes para 5,6 vezes e em dólares cresceu de 3,6 vezes para 4,7 vezes. Na comparação com o final do primeiro trimestre, a alavancagem caiu de 6 vezes reais e de 4,8 vezes em dólares.

    A Suzano afirmou que tem zero risco de refinanciamento até 2022, tendo uma posição de caixa e equivalentes no final de junho de R$ 12,7 bilhões. A dívida líquida ficou em R$ 67,94 bilhões no final do primeiro semestre, aumento de 29% na comparação anual.

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