CSN anuncia compra da unidade de cimento da Holcim no Brasil por US$ 1,025 bi
O acordo adiciona uma capacidade produtiva à da CSN Cimentos de 10,3 milhões de toneladas de cimento
A Holcim informou nesta sexta-feira (10) que concordou em vender negócios de cimento no Brasil para a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), dizendo que o desinvestimento no valor base de US$ 1,025 bilhão reduzirá significativamente seu índice de dívida.
“Este desinvestimento é mais um passo em nossa transformação para nos tornarmos líder global em soluções de construção sustentáveis e inovadoras, nos dando flexibilidade para continuar investindo em oportunidades de crescimento atraentes”, disse o presidente-executivo da Holcim, Jan Jenisch, em comunicado.
A Reuters informou mais cedo na sexta-feira que a unidade de cimento da siderúrgica brasileira estava perto de adquirir os ativos da empresa suíça no país.
O desinvestimento inclui cinco fábricas de cimento integradas da Holcim, quatro estações de moagem, seis unidades agregadas e 19 fábricas de concreto pronto, disse a maior fabricante de cimento do mundo.
Em nota separada, a CSN disse que o acordo adiciona uma capacidade produtiva à da CSN Cimentos de 10,3 milhões de toneladas de cimento por ano por meio de plantas estrategicamente localizadas no Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, além de substanciais reservas de calcário de alta qualidade e unidades de concreto e agregados.
“São esperadas relevantes sinergias operacionais, logísticas, de gestão e comerciais, com espaço para evolução de mix de produtos e expansão da base de clientes, disse a CSN em fato relevante.
Ainda segundo a CSN, o acordo se insere na estratégia de expansão da CSN Cimentos em meio à recuperação do consumo de cimento no Brasil, “demonstrando a capacidade da empresa de assumir papel de destaque no setor”.
Com o fechamento da operação, a CSN Cimentos passará a ter uma capacidade total de 16,3 milhões de toneladas ao ano e “presença cada vez mais abrangente no território nacional como um produtor relevante e de baixo custo”.