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    Sondagem da FGV mostra preocupação de consumidores com inflação e desemprego

    Índice de Confiança recuou 3,1 pontos em maio, influenciado pela piora das expectativas para os próximos meses

    Pedro Guimarãesda CNN* , no Rio de Janeiro

    Apesar da melhora do cenário epidemiológico da Covid-19, a inflação e o desemprego continuam impactando negativamente as famílias, principalmente as de menor renda.

    A conclusão é da Sondagem do Consumidor, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), nesta quarta-feira (25).

    O Índice de Confiança do Consumidor, que mede o quanto o público está propenso a gastar, recuou 3,1 pontos em maio, em comparação ao mês anterior, e atingiu 75,5 pontos.

    A queda foi provocada exclusivamente pela piora das expectativas para os próximos seis meses, que recuou 5,1 pontos, enquanto o outro componente do indicador, que mede a situação atual, se manteve estável em 69,1 pontos.

    De acordo com a escala utilizada, 100 é o ponto de neutralidade, a partir do qual as variações podem ser interpretadas como tendências positivas ou negativas, dependendo do sentido.

    Segundo a coordenadora da sondagem, Viviane Bittencourt, o cenário não sinaliza uma tendência clara de recuperação.

    “Há uma preocupação com as perspectivas futuras, que serão afetadas por um ano eleitoral que promete ser bastante acirrado”, afirma a economista.

    A situação financeira familiar foi o componente que mais influenciou a baixa na confiança dos consumidores. Após três meses de alta, o número diminuiu 9,6 pontos e registrou 81,3, pior resultado desde novembro de 2021, quando fez 80 pontos.

    As famílias com renda de até R$ 2,1 mil registraram a maior intensidade de queda da confiança no mês, com variação de 9,4 pontos. Já a faixa com renda de R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil foi a única a assinalar melhora, de 1,5 ponto.

    O acompanhamento do sentimento do consumidor tem como objetivo antecipar os rumos da economia do país no curto prazo, já que observa as suas decisões de gastos e poupanças futuras.

    *Sob supervisão de Stéfano Salles

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