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    Sob Lula, Bolsa Família cai em 3 mil cidades e reduz beneficiários em 1 mi

    Número de beneficiários caiu em 61% dos municípios brasileiros entre dezembro de 2022 e janeiro de 2025

    Danilo Moliternoda CNN , em São Paulo

    O número de beneficiários do Bolsa Família foi reduzido em 1,1 milhão desde o início do terceiro mandato de Lula — na comparação entre dezembro de 2022 e janeiro de 2025. Os dados são públicos e disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS).

    • Dezembro de 2022: 21.601.182 beneficiários;
    • Janeiro de 2025: 20.468.299 beneficiários.

    Além disso, a quantidade de famílias no programa social caiu em 61% das cidades: levantamento da CNN mostra que 3.412 dos 5.571 municípios brasileiros registram menos beneficiários hoje do que contabilizavam no último mês do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    A maior parte da redução se deve ao chamado “pente-fino” implementado pela gestão federal sobre o benefício, a fim de identificar pagamentos indevidos.

    Até meados de 2024, o MDS havia encontrado 3,7 milhões de fraudes em programas sociais associados ao Cadastro Único (CadÚnico).

    Dentre as cidades, aquela que registrou maior redução de beneficiários neste período foi o Rio de Janeiro, com 88.305 famílias a menos (queda de 14%).

    Já em termos proporcionais, Braço do Trombudo, em Santa Catarina, teve redução mais considerável: 70%, de 51 para 15 beneficiários.

    Ao todo, 36 cidades ficaram no “zero a zero”, sem elevar ou reduzir beneficiários, enquanto 2.123 registraram aumento.

    Manaus, capital amazonense, liderou as altas com 15.093 famílias a mais. Proporcionalmente, Áurea, no Rio Grande do Sul, registrou elevação de 156%, de 39 para 100.

    Para especialistas em contas públicas consultados pela CNN, o pente-fino implementado pelo governo é positivo, mas ainda há espaço para a gestão federal combater fraudes — de olho especialmente na pressão que o Bolsa Família tem levado ao Orçamento.

    Quando ainda Auxílio Brasil, sob Jair Bolsonaro, o programa cresceu em beneficiários, mas também em valor pago, de R$ 200 para R$ 600. Esta combinação culminou na elevação dos gastos.

    De 2008 até 2023, o gasto com o Bolsa Família subiu de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,5%, o equivalente a R$ 172,5 bilhões.

    Benefícios individuais chegam a 26,9% do Bolsa Família

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