Sindicatos acionam Governo Federal e de SP sobre demissão em massa da GM
Montadora comunicou trabalhadores de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes por e-mail e telegrama


As organizações Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, São José dos Campos, São Paulo e Mogi das Cruzes acionaram o governo federal e o estadual contra a demissão em massa feita pela General Motors, realizada por telegrama e e-mail.
Os trabalhadores da montadora foram informados sobre a demissão no último sábado (21).
Segundo o documento que a CNN teve acesso, os sindicatos argumentam que o ocorrido nas fábricas de Mogi, São Caetano e São José é “injustificável”. No ofício, as organizações dizem que a montadora teve aumento de 18,18% na comercialização brasileira entre abril e junho deste ano em comparação com 2022.
Os sindicatos solicitaram reunião com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em caráter de urgência.
Ainda segundo os ofícios, a GM teria descumprido os acordos de “layoff” firmados com os sindicatos nas fábricas de São José dos Campos e de Mogi das Cruzes. Já em São Caetano do Sul, a empresa teria realizado o corte “de maneira unilateral, sem prévia negociação”.
O documento é assinado pelos presidentes do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul; Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região; e pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.
Sobre o caso
As demissões das três cidades paulistas foram comunicadas no sábado (21). A informação foi divulgada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.
Foi relatado que os trabalhadores foram dispensados por e-mail e telegrama.
Procurada pela CNN Brasil, a GM justificou as demissões por conta da queda nas vendas e exportações, o que a teria feito “adequar seu quadro de empregados”.
Nota na íntegra:
“A queda nas vendas e nas exportações levaram a General Motors a adequar seu quadro de empregados nas fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes. Esta medida foi tomada após várias tentativas atendendo as necessidades de cada fábrica como, lay off, férias coletivas, days off e proposta de um programa de desligamento voluntário. Entendemos o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro”.
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Com informações de Victor Aguiar, da CNN.