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    Sindicato ameaça greve em mais montadoras nos EUA se negociação não avançar até sexta-feira

    Greve organizada pelo UAW, que entra no seu quinto dia, começou na semana passada com paralisações em três instalações, uma em cada fabricante de automóveis

    do Estadão Conteúdo

    O United Auto Workers (UAW), sindicato que representa os empregados das montadoras dos Estados Unidos, disse que convocará greves em mais fábricas se Ford, General Motors e Stellantis não conseguirem fazer “progressos sérios” em direção a um acordo até sexta-feira (22), segundo alertou o líder da entidade, Shawn Fain, na noite de segunda-feira (18).

    A greve organizada pelo UAW, que entra no seu quinto dia, começou nas primeiras horas da manhã de sexta-feira (15) com paralisações em três instalações, uma em cada fabricante de automóveis.

     

    Os trabalhadores estão atualmente em greve nas unidades da GM em Wentzville, no Missouri, no complexo de montagem de Jeep da Stellantis em Toledo, Ohio, e em departamentos selecionados de fábrica de montagem da Ford, perto de Detroit.

    Fain disse que o sindicato convocará mais membros para aderirem à greve, a menos que haja um avanço nas negociações até sexta-feira.

    “Os trabalhadores do setor automotivo esperaram o suficiente para acertar as coisas nas três grandes (montadoras). Não estamos esperando e não estamos brincando. Portanto, meio-dia de sexta-feira, dia 22 de setembro, é um novo prazo”, disse ele em um vídeo divulgado online.

    As ações da Ford e da GM apontaram alta de 2,19% e de 2,11% perto das 14h40 (horário de Brasília), enquanto as da Stellantis subiam 2,38% no mesmo horário, após recuaram na sessão de segunda-feira.

    Fain rejeitou a oferta da Stellantis de um aumento salarial de 21%, em entrevista ao programa Face the Nation, da CBS.

    A demanda inicial do UAW era de aumentos de 40%, proteção no emprego, semana de trabalho de 32 horas e melhora dos benefícios para aposentados.

    No domingo, Fain citou que os presidentes das montadoras de veículos tiveram aumentos salariais de 40% nos últimos quatro anos e que isso seria a razão pela qual os trabalhadores mereciam reajuste similar.

    As montadoras responderam às greves com demissões temporárias. A Ford anunciou na sexta-feira que demitiu temporariamente cerca de 600 trabalhadores não grevistas em sua fábrica em Michigan.

    A General Motors disse que cerca de 2.000 trabalhadores em sua fábrica de Fairfax Assembly, no Kansas, podem ficar desempregados esta semana, até que a produção seja retomada.

    Veja também: Inflação dos EUA cresce 0,60% em agosto

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