Setor de serviços recua 1,6% em abril, divulga IBGE
Acumulado no ano ficou em 4,8% e o acumulado nos últimos 12 meses passou de 7,3% em março para 6,8% em abril
O setor de serviços recuou 1,6% em abril de 2023 na comparação com março, após acumular ganho de 2,1% entre fevereiro e março. Já frente a abril de 2022, o setor avançou 2,7%, 26ª taxa positiva consecutiva.
O acumulado no ano ficou em 4,8% e o acumulado nos últimos 12 meses passou de 7,3% em março para 6,8% em abril, menor resultado desde agosto de 2021 (5,1%).
Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, a retração foi acompanhada por quatro das cinco atividades investigadas. Assim como em março, o setor de transporte se destacou como a principal influência, porém, em abril, puxou o índice para o campo negativo.
O grupamento caiu -4,4%, devolvendo parte do ganho acumulado (7,5%) entre fevereiro e março.
“Vários segmentos de serviços dentro desse setor acabaram por gerar um impacto negativo: gestão de portos e terminais, transporte rodoviário de cargas, rodoviário coletivo de passageiros e transporte dutoviário. Esses segmentos tiveram importância no âmbito do volume de serviços como todo, ultrapassando a fronteira do próprio setor”, analisa Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.
Os demais recuos vieram dos serviços de informação e comunicação (-1,0%), dos profissionais, administrativos e complementares (-0,6%); e dos outros serviços (-1,1%).
A única atividade em expansão do mês foram os serviços prestados às famílias (1,2%), que recuperaram parte da perda acumulada entre fevereiro e março (-2,2%).
Comparação anual
A pesquisa mostra ainda que, na comparação com abril de 2022, o avanço de 2,7% no volume de serviços foi acompanhado por quatro das cinco atividades, sendo a 26ª taxa positiva consecutiva, mas vem apresentando desaceleração, segundo o instituto.
“É o resultado menos intenso desde março de 2021 (4,6%), quando se iniciou essa sequência de taxas positivas. Um dos motivos é a base de comparação. Tivemos movimentos muito fortes em 2021 e 2022 e agora vêm perdendo folego”, explica Lobo.
O acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, foi a 4,8%, com taxas positivas em todas as atividades. A contribuição positiva mais importante ficou com o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (5,4%), seguido por informação e comunicação (5,4%), serviços profissionais, administrativos e complementares (4,8%), serviços prestados às famílias (6,8%), e outros serviços (0,2%).
Publicado por Pedro Zanatta, da CNN.