Setor aéreo espera bater recorde de 5 bilhões de passageiros em 2024, diz associação
Empresas projetam lucro de US$ 30,5 bilhões neste ano
O setor aéreo espera superar a crise da pandemia e atingir ganhos históricos com um volume de 4,96 bilhões de passageiros em 2024, o que representa um possível aumento de 10% nas receitas. As informações foram divulgadas pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).
Em 2019, o número de pessoas que utilizaram o transporte foi de 4,54 bilhões, atingindo um lucro líquido de US$ 26,4 bilhões. Com a pandemia, o tráfego diminuiu, mas já foi ultrapassado em fevereiro deste ano.
Para 2024, a Iata estima um aumento do lucro líquido de US$ 30,5 bilhões.
Durante o encontro anual da Associação, em Dubai, nos Emirados Árabes, o diretor-geral da associação, Willie Wash, classificou o lucro líquido previsto como “uma grande conquista, considerando a recente e profunda pandemia”.
As regiões da Ásia e da América do Norte são as que mais se beneficiam nesse cenário, podendo registrar um aumento de número de passageiros de 17,2% e 9,2% respectivamente. Mesmo que, segundo a Iata, o tráfego entre a Ásia e a Europa continua a ser afetado pela guerra entre Rússia e Ucrânia.
Na outra ponta, a África pode ser a única a sofrer uma retração, de 1,6%. Para o Oriente Médio, a Associação espera que o ambiente econômico neste ano seja mais favorável, apesar das tensões geopolíticas.
Despesas do setor aéreo
Mas, o peso das despesas também aumentou. Desde 2019, os gastos com combustíveis mais do que dobraram em 2024, indo de US$ 190 bilhões para US$ 291 bilhões.
Conforme a Iata, os preços globais de petróleo aumentaram em 2022, com destaque para o barril de aviação, ultrapassando os US$ 175. O nível atual é menor do que o sentido nessa época, mas a guerra no Médio Oriente representa um risco para a estabilidade da produção e exportações de petróleo, bem como para as restrições à produção da OPEP.
Em 2024, a Associação prevê que os preços do petróleo bruto permanecerão elevados, entre US$ 85 e US$ 90 por barril. Contudo, “se a OPEP elevar as metas de produção para suprir a procura crescente, o preço poderá cair”, escreveu a Iata.
*com informações de Agência Estado. Sob supervisão de Gabriel Bosa