Senado deve adiar votação da PEC Emergencial para a próxima semana
Líderes da oposição e entidades educacionais questionam fim do piso de gastos para saúde e educação
O Senado deve adiar a análise da proposta que pretende destravar o pagamento de uma nova rodada do auxílio emergencial. Apesar da expectativa de que a votação ocorresse nesta quinta-feira (25), o texto só deve ir ao plenário na próxima semana.
Líderes da oposição e representantes de entidades de educação se reuniram com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para questionar a inclusão da desvinculação das receitas com saúde e educação no texto da PEC Emergencial.
Segundo essas lideranças, Pacheco disse que poderia começar uma discussão em plenário, mas a votação deve ficar mesmo para a semana que vem, como já havia adiantado à CNN na terça-feira (22).
A PEC prevê que o pagamento de uma nova rodada do auxílio emergencial ficaria de fora das regras fiscais, como o teto de gastos e a regra de ouro. O relatório do senador Márcio Bittar (MDB-SP) estabelece também o fim de gastos mínimos obrigatórios com saúde e educação.
O Movimento a Serviço do Brasil, que representa cerca de 400 mil servidores públicos, emitiu uma nota dizendo que esse posicionamento do relatório “põe em risco os direitos básicos da população, como saúde e educação”.
(Publicado por Maria Carolina Abe)