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    Segurança pública aumenta custo de empresas e influencia juros, diz Campos Neto

    Presidente do Banco Central participou de um painel organizado pela Esfera Brasil nesta segunda-feira (22)

    Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto
    Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto 09/11/2023. REUTERS/Brendan McDermid

    Amanda Sampaioda CNN

    em São Paulo

    Problemas de segurança pública no Brasil são tratados por empresas como um custo adicional, o que acaba impactando os juros cobrados pelas instituições financeiras, disse nesta segunda-feira (22) o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento promovido pela Esfera Brasil, em São Paulo.

    Campos Neto afirmou que a questão da segurança pública está “em toda parte” quando se fala em análise de custos de empresas, ressaltando que esses efeitos “batem” no spread — diferença entre o custo de captação do banco e o valor cobrado nas concessões de empréstimos.

    “As empresas olham o crime organizado como um imposto. Então, eu vou entrar em algum lugar e tem um imposto, porque eu tenho um custo extra e é um imposto que eu tenho incerteza sobre ele, eu não sei como vai começar e quando vai terminar”, afirmou.

    Campos Neto ainda afirmou que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) passou para o guarda-chuva do BC em um momento em que havia uma percepção de crise institucional. Ele disse ter imaginado que eventualmente o órgão de inteligência passaria a ser autônomo, fora da jurisdição do BC.

    “O Coaf é uma grande máquina de processamento de dados, então o que a gente precisa melhorar é a tecnologia, que a gente precisa de recursos para isso. O Coaf tem poucos funcionários, se comparar com o centro de inteligência de outros lugares do mundo, é bem pequeno e, de novo, a gente precisa melhorar essa questão de alocação de recursos para gente fazer com que o Coaf fique mais eficiente”, concluiu.

    Com informações da Reuters.