Secretário da Fazenda avalia que reação negativa do mercado é fruto do anúncio conjunto de isenção do IR e corte de gastos
A reforma do imposto de renda será enviada ao Congresso Nacional no próximo ano
Na avaliação do secretário-executivo do ministério da Fazenda, Dario Durigan, a reação negativa do mercado após o anúncio do pacote fiscal enviado pelo governo federal é fruto da simultaneidade do anúncio do corte de gastos e da isenção do pagamento de Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil.
“Parte do preço que foi feito semana passada veio do anúncio conjunto com o imposto de renda. É preciso distinguir isso de maneira muito clara e transparente”, disse o 02 da Fazenda no 2° Fórum Político da XP, nesta segunda-feira (2).
Como noticiado pela CNN, após o anúncio do pacote fiscal, o dólar fechou acima de R$ 6 pela primeira vez na história. A bolsa brasileira registrou queda.
Na avaliação do secretário, as discussões sobre o IR só começam em 2025.
“A agenda do IR vem ano que vem. Esse ano precisamos focar na agenda de despesas para que a gente aprove uma emenda constitucional e leis infraconstitucionais ainda este ano, para que tenhamos ainda em 2025 a redução de despesas prevista”, disse.
Segundo Dario, tanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, quanto o presidente da Câmara, Arthur Lira, concordaram com a visão do governo de deixar as discussões sobre o IR para o próximo ano.
“É inegociável discutir isenção sem compensação”, concluiu Durigan.
A reforma do imposto de renda será enviada ao Congresso Nacional no próximo ano. A expectativa do governo é de que as medidas sejam implementadas a partir de 1° de janeiro de 2026.