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    Se não chover, 2022 deve ter mais aumentos na conta de luz, diz especialista

    À CNN, Luiz Eduardo Barata traçou cenários possíveis diante da crise hídrica pela qual o Brasil passa

    Amanda GarciaBel Camposda CNN , em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (23), o consultor do Instituto Clima e Sociedade e ex-diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata, traçou possíveis cenários, diante da chegada de temporada de chuvas, para a crise hídrica.

    Na avaliação dele, no olhar pessimista, já que “não podemos garantir qual a quantidade de chuvas que teremos”, a possibilidade de uma tarifa de conta de luz ainda mais cara é real.

    “Olhando pelo lado pessimista, se tivermos um verão adverso, com poucas chuvas, teremos que continuar gerando o volume das térmicas, o que fará com que o custo se mantenha alto e aumentos substanciais na tarifa acontecerão ao longo do ano que vem”, explicou.

    No caso do quadro otimista, com um verão de chuvas generosas, o cenário muda.

    “Diria que não teríamos qualquer tipo de risco de desabastecimento, mas, como o nível das usinas está muito baixo, seria tecnicamente recomendável, ainda que tenhamos chuvas generosas, que algumas unidades térmicas seguissem funcionando para recuperar os níveis, não apenas para energia elétrica, mas outros usos da água.”

    Entre os outros usos, ele cita a hidrovia Paraná-Tietê. “Ela está paralisada, e o impacto no agronegócio é enorme, temos que substituir por transporte de caminhão, o aumento de custo é intenso e é agressor para o meio-ambiente.”

    Para Luiz Eduardo Barata, a tendência de momento é preocupante.

    “Estamos vendo aumento do consumo da energia elétrica, o que é natural, entramos na primavera e com a chegada do verão, é essa a tendência, principalmente pela carga de refrigeração, como ar-condicionado.”

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