Ryanair planeja reconectar espaço aéreo ucraniano à Europa quando guerra terminar
Maior companhia aérea de baixo custo do continente anunciou planos de colocar até 30 novas aeronaves Boeing 737 MAX nos três principais aeroportos da Ucrânia


A Ryanair planeja conectar os principais aeroportos da Ucrânia a quase duas dúzias de capitais europeias semanas após a reabertura do espaço aéreo do país, quando a guerra terminar.
A maior companhia aérea de baixo custo da Europa anunciou planos de colocar até 30 novas aeronaves Boeing 737 MAX – no valor de mais de US$ 3 bilhões (R$ 14 bilhões) – nos três principais aeroportos da Ucrânia, uma vez que a Agência de Segurança da Aviação da União Europeia declare que é seguro voar ao país.
A Ryanair disse em um comunicado na quinta-feira que ofereceria voos de ida e volta para a Ucrânia dentro de oito semanas após confirmada a segurança. A companhia aérea operaria 600 voos por semana entre Kiev, Lviv e Odesa e mais de 20 capitais da União Europeia.
A retomada dos voos de Kharkiv e Kherson – ambos servidos pela Ryanair até a invasão em grande escala da Rússia em fevereiro de 2022 forçar o fechamento do espaço aéreo ucraniano para voos comerciais – teria que esperar até que a infraestrutura em ambos os aeroportos fosse reconstruída.
Falando de Kiev, o CEO da Ryanair, Michael O’Leary, disse que a “a maneira mais rápida de reconstruir e restaurar a economia ucraniana será com viagens aéreas de baixo custo”.
O’Leary destacou que o principal aeroporto de Kiev, o Aeroporto Internacional Boryspil, o qual ele visitou na quinta-feira, estava “totalmente pronto para a retomada dos voos o mais rápido possível”.
A Ryanair disse que planeja oferecer mais de 5 milhões de assentos de ida e volta para a Ucrânia nos primeiros 12 meses após o fim da guerra. Isso aumentaria para mais de 10 milhões de assentos em um período de cinco anos.
“A visita da alta administração da Ryanair ao aeroporto de Boryspil é um sinal poderoso de que a maior companhia aérea da Europa vê um enorme potencial no mercado de transporte aéreo ucraniano”, disse Oleksiy Dubrevskyy, CEO do Aeroporto Internacional de Boryspil.
A medida destaca os esforços sustentados da Ucrânia para atrair investidores internacionais, enquanto planeja seu futuro após a guerra.
Na Conferência de Recuperação da Ucrânia em Londres no mês passado, mais de 400 empresas globais – incluindo Citi, Sanofi e Philips – prometeram aumentar o investimento na economia devastada pela guerra.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também contratou a BlackRock e o JPMorgan para assessorar o Fundo de Desenvolvimento da Ucrânia, um veículo que busca mobilizar capital de investidores dos setores público e privado para a reconstrução da economia do país.