Rússia deve sofrer contração de 15% do PIB em 2022, diz instituto
Em relatório, entidade afirmou que sanções sofridas "apertaram drasticamente as condições financeiras" do país, e que contração tem risco de piorar
O Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) afirma em relatório que a economia da Rússia deve sofrer contração de 15% em 2022, com risco de um cenário ainda pior.
Em relatório, a entidade formada pelos 500 maiores bancos do mundo e sediada em Washington nota que as sanções sofridas “apertaram drasticamente as condições financeiras” do país.
O IIF avalia os riscos de contágio para outros mercados emergentes. Segundo o instituto, isso dependerá do rumo da guerra russa na Ucrânia.
Uma severa escalada no conflito levaria à retirada de fluxos de capital dos emergentes, enquanto um quadro mais contido, que para o instituto parece ser o mais provável, levaria a um cenário misto para esses mercados.
O IIF comenta também que o avanço recente nos preços de commodities deve ajudar países emergentes que as exportam, em especial na América Latina.
Já nações emergentes da Europa devem sofrer um impacto forte pela via do comércio, enquanto grades emergentes que são importadores de petróleo e trigo, como Turquia e Egito, correm mais riscos.
Para o IIF, a Rússia pode sofrer mais boicotes no setor de energia, o que reduziria muito sua capacidade de importar bens e serviços e aprofundaria sua recessão.
O IIF ressalta, porém, que um contágio amplo do choque russo entre os mercados emergentes não é o seu cenário mais provável.