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    Risco de apagão dispara busca por gerador elétrico e espera pode chegar a 6 meses

    Em grandes fabricantes, é impossível receber um equipamento novo antes de 2022

    Fernando Nakagawado CNN Brasil Business , em São Paulo

    A crise elétrica e o risco de um apagão têm formado fila – literalmente – nas fabricantes de geradores elétricos. Apesar do discurso oficial de que não há risco, cada vez mais empresas preferem se garantir com um equipamento próprio.

    Ao mesmo tempo, o setor sofre com a falta de componentes, como motores. Por isso, é preciso esperar vários meses até a entrega. Em grandes fabricantes, é impossível receber um equipamento novo antes de 2022.

    “É preciso esperar meses. Hoje, a gente não consegue mais tirar pedidos para entregar em 2021”, diz Augusto Zucollotto, diretor-geral da filial brasileira da Generac, multinacional norte-americana com fábrica em Ribeirão Preto, SP.

    Supermercados, shoppings, hospitais, indústrias e edifícios comerciais estão entre os compradores que desembolsam centenas de milhares de reais pelo equipamento. Movido a diesel ou gás, os geradores são usados como fonte emergencial no caso de apagão.

    O equipamento também serve como uma alternativa para evitar custos mais elevados das distribuidoras de eletricidade, especialmente no horário de pico quando empresas pagam mais caro pela luz.

    Diante desse quadro, o setor vive um raro momento em que, ao mesmo tempo, há aumento da demanda e falta de peças.

    Marcio Martins, diretor de mineira Geraforte, lamenta a situação porque as empresas não conseguem atender clientes como antes. “Em menos de um ano, o preço do cobre e do aço dobrou. Motores a diesel subiram média de 40%. E, mesmo mais caros, faltam componentes”.

    Motores estão em falta especialmente por causa de problemas no fornecimento de semicondutores.

    Com aumento da demanda, falta de peças e alta de custos, o preço dos geradores elétricos subiu entre 20% e 40% nos últimos meses. E, mesmo com esse reajuste, a lista de interessados não para de crescer.

    Martins diz que tem sido contatado até por empresas de pequeno porte interessadas no equipamento. “É um pessoal que historicamente não cogitava nesse tipo de solução”.

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