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    Risco climático afeta política monetária de bancos centrais, diz diretor do BC

    Ricardo Harris lembrou, por exemplo, da seca que o Brasil enfrentou em 2021, destacando seus impactos econômicos

    Pedro Zanattado CNN Brasil Business , em São Paulo

    Durante painel do Expert XP 2022, nesta quinta-feira (4), o chefe de gabinete do Diretor de Regulação do Banco Central (BC), Ricardo Harris, afirmou que as mudanças climáticas afetam a política monetária dos bancos centrais ao redor do mundo.

    “O aumento da frequência desses eventos climáticos extremos têm impacto relevante nas variáveis econômicas importantes na gestão da política monetária”.

    Harris disse ainda que o NGFS (Network for Greening the Financial System) – rede de 114 bancos centrais e supervisores financeiros que visa acelerar a expansão das finanças verdes – é o principal fórum de discussão, produção de conhecimento e orientações para que os BCs desenvolvam estratégias de como tratar a questão do risco climático.

    “O grupo tem produzido, nos últimos anos, uma série de guias e relatórios para auxiliar os BCs para lidar com questões relacionadas às mudanças climáticas, na supervisão… em como a supervisão pode atuar sobre seus regulados, em como os BCs podem incorporar aspectos do ESG na seleção dos ativos que compões as reservas internacionais”, afirmou.

    O diretor do BC lembrou, por exemplo, da seca que o Brasil enfrentou em 2021, destacando os impactos nas decisões da instituição.

    “O risco climático afeta uma das discussões primárias dos BCs: a gestão da política monetária. Basta ver, ano passado, por exemplo, tivemos uma seca mais prolongada e isso teve efeito no preço de alimentos e energia”.

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