Rio-Valadares deve ter investimento de R$ 11 bilhões ao longo de 30 anos
Sistema rodoviário foi arrematado pela Ecorodovias em leilão neste mês
O sistema rodoviário Rio-Valadares, arrematado pela Ecorodovias em leilão realizado neste mês, deve ter investimento de R$ 11 bilhões nos próximos 30 anos. A concessão inclui 726,9 quilômetros das rodovias BR-116/493/465/RJ/MG, ligando a cidade do Rio de Janeiro (RJ) a Governador Valadares (MG).
Além dos R$ 11,3 bilhões, outros R$ 9,8 bilhões estão previstos para despesas operacionais (OPEX), além da geração de mais de 150 mil empregos diretos, indiretos e efeito-renda.
Segundo o Ministério da Infraestrutura, a região é considerada estratégica pela extensão e pelo volume de tráfego. Trata da única rota, a partir da capital fluminense, disponível para contornar a Baía de Guanabara, permitindo o acesso à região dos Lagos, ao Norte do estado do Rio de Janeiro, e às regiões Norte e Nordeste do país.
Para Roberto Lucas Júnior, professor do Ibmec, o investimento vai garantir elementos essenciais para o sistema rodoviário. “Com a concessão, a rodovia vai passar a ter serviços essenciais para a segurança dos motorista e também para a viabilidade do transporte rodoviário”, avalia.
“A gestão atual do governo é deficitária. O sistema não tem uma pavimentação adequada aos transportes existentes hoje, não possui uma qualidade no atendimento às pessoas que se acidentam ou que parem no acostamento”, afirma Roberto.
O leilão da Rio-Valadares, que atravessa 37 municípios em toda a sua extensão, sendo 22 em Minas Gerais e 15 no Rio de Janeiro, faz parte de uma série de iniciativas do Governo Federal, por meio do Ministério da Infraestrutura, para fomentar o setor em parceria com a iniciativa privada.
Para Renan Brandão, superintendente de Concessão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o governo depende desses recursos para investimentos em infraestrutura. “As melhorias e ampliações de capacidade dependem de recursos que vem por meio das concessões”, afirma.
“Em um contexto de maior restrição fiscal, o governo não consegue investir diretamente na qualidade das rodovias, sequer tem recursos para manter a infraestrutura atual. Com as concessões, a gente consegue levar investimentos para solução de alguns gargalos e para melhoria desta infraestrutura”, avalila Brandão.
Com informações de Fabrício Julião, do CNN Brasil Business