Retomada será muito difícil e complicada para restaurantes, diz dono da Rubaiyat
O empresário Diego Iglesias citou o exemplo da reabertura dos restaurantes da rede na Espanha e falou sobre retomada no Brasil e outros países da América Latina
Dono da rede Rubaiyat, que conta com nove restaurantes em cinco países, o empresário Diego Iglesias disse à CNN, nesta segunda-feira (8), que a retomada para o setor será “difícil e complicada”, mas que viu bons resultados em locais países onde estabelecimentos da rede já reabriram.
“Vai ser muito difícil para o setor. É uma retomada complicada, mas tem que abrir de maneira em que os clientes tenham segurança em sair de casa. Não adianta falar em reabrir sem ter como sair. Além disso, os nossos funcionários também têm que se sentir seguros em vir trabalhar”, avaliou ele.
Como exemplo para esse processo, o empresário citou a reabertura das unidades da rede na Espanha, onde foram registrados 241 mil casos e 27.136 mortes, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.
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De acordo com Iglesias, no país europeu a retomada foi positiva por conta da vontade dos espanhóis de saírem de casa e o fato do estabelecimento ser amplo e arejado. “A gente estava um pouco apreensivo sobre como seria a retomada da economia, mas estamos vendo uma euforia muito grande dos espanhóis em sair para as ruas e ir a espaços em ar livre. Conseguimos abrir com uma boa capacidade e enchendo os restaurantes aqui”, relatou.
Já para as unidades no Brasil e em outros países da América Latina, o empresário prevê que a reabertura irá ocorrer “conforme as autoridades permitam e de maneira segura”. “Temos espaços grandes e nossas mesas sempre tiveram 2 metros de espaçamento entre elas”, informou. “A gente está com vontade de voltar a trabalhar, porque restaurantes precisam servir às pessoas”, acrescentou.
Iglesias ainda citou que embora os pedidos via delivery tenham aumentado, não foi o suficiente para atingir patamares de faturamento que a empresa tinha antes da pandemia do novo coronavírus. “Delivery foi salvação para pessoas, mas eventualmente volta ao normal e elas vão querer sair de casa novamente”, concluiu.