Republicanos defende mais tempo para negociações da reforma tributária
Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem defendido que a proposta seja analisada pelo plenário ainda nesta semana
O presidente nacional do Republicanos, o deputado Marcos Pereira (SP), defendeu que a Câmara dos Deputados possa “debater um pouco mais” a reforma tributária.
Posicionamento semelhante foi adotado pelo líder do partido na Câmara, o deputado Hugo Motta (PB).
Marcos Pereira disse acreditar que “ainda precisamos de um debate aprofundado” sobre o texto da reforma tributária antes de ela ser colocada em votação.
“Ainda há uma dúvida muito grande entre governadores, prefeitos de capitais, cidades maiores. Agora mesmo Aguinaldo [Ribeiro, relator da reforma tributária] está recebendo o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes. E aqui falo como parlamentar, não como presidente de partido. Penso que a gente possa debater um pouco mais, principalmente essas dificuldades que estão sendo colocadas pelos governadores”, afirmou.
“Todavia, se o relator adequar esses pontos que ainda estão controversos, penso que podemos analisar o tema”, completou.
A declaração foi dada em reunião do bloco partidário do PSD, MDB, Republicanos e Podemos nesta terça-feira (4).
O líder do Republicanos, Hugo Motta, também se posicionou no mesmo sentido. Para ele, o partido “entende que um cronograma de tempo maior possa ajudar na percepção” dos demais parlamentares da importância da aprovação da reforma tributária.
O posicionamento do Republicanos coloca pressão na cúpula de deputados que estão à frente das negociações da reforma tributária.
O partido tem 41 deputados federais atualmente. Com a sétima maior bancada da Câmara, é considerado um fiel da balança para a aprovação das pautas de interesse do governo no Congresso – especialmente no caso de PECs, que demandam um quórum maior de votação, de 308 votos.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem defendido que a proposta seja analisada pelo plenário ainda nesta semana.
A pauta da Casa está cheia: conta também com a previsão de votação do projeto de lei do Carf e do arcabouço fiscal.