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    Reoneração de combustíveis abriria espaço para redução de juros, diz economista

    Isso aconteceria, segundo Felipe Sichel, economista-chefe do Banco Modal, apesar de um esperado impacto na inflação no "curtíssimo prazo"

    Da CNN

    A possível volta da incidência de impostos federais como o PIS/Cofins e a Cide sobre os combustíveis poderia ter um impacto positivo sobre a política de juros no Brasil, defende Felipe Sichel, economista-chefe do Banco Modal.

    “Se o governo adota uma posição fiscal entendida como mais responsável, isso, no limite, ajudaria a cumprir um objetivo do governo expresso de forma contundente nas últimas semanas, que é a redução dos juros”, disse à CNN nesta segunda-feira (27).

    Isso aconteceria, segundo ele, apesar de um esperado impacto na inflação no “curtíssimo prazo”.

    “Um aumento de imposto, apesar de ser inflacionário no curtíssimo prazo, sinalizaria responsabilidade fiscal por parte do governo e, com isso, ajudaria a reduzir um pouco do prêmio de risco embutido nas projeções fiscais nos próximos anos”, diz.

    Além disso, o especialista destaca que aumentar a arrecadação, como defende o Ministério da Fazenda, teria um impacto na arrecadação bastante relevante no ano.

    A preocupação da ala política do governo, segundo ele, é que um aumento dos impostos sobre combustíveis esteja associado com aqueda na popularidade.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve discutir a desoneração de impostos federais sobre combustíveis nesta segunda-feira (27), em reunião com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). O encontro está previsto para às 18h.

    Composição dos preços

    Apesar de os impostos poderem fazer diferença, o economista ressalta que os preços dos combustíveis são muito mais afetados pela variação internacional de itens como o petróleo.

    “No ano passado, vimos um movimento forte desses preços para cima. Este ano, vimos uma atenuação, mas com perspectiva de que possa voltar a acelerar, principalmente, mais próximo do meio do ano”, diz.

    Veja entrevista completa no vídeo acima.

    *Publicado por Ligia Tuon