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    Recessão leve nos Estados Unidos é uma possibilidade com aumentos de juros nos últimos anos, diz dirigente do Fed

    Austan Goolsbee, presidente do Fed de Chicago, afirmou que os dados econômicos recebidos antes da reunião de maio formarão sua opinião sobre se o Fed deve aumentar as taxas novamente

    da Reuters

    Uma recessão nos Estados Unidos certamente é possível, à medida que os aumentos acentuados de juros promovidos pelo Federal Reserve ao longo do último ano se infiltrarem totalmente na economia, disse o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, nesta sexta-feira (14), ao defender novamente que o banco central seja prudente na política.

    “Não há como você olhar para as condições atuais no mundo e nos Estados Unidos e não pensar que alguma recessão leve está definitivamente sobre a mesa como uma possibilidade”, disse Goolsbee em entrevista à CNBC.

    Ele respondia uma pergunta sobre uma previsão da equipe do Fed de que o estresse do setor bancário levará a economia à recessão ainda este ano. “Os dados mostram isso e aumentamos as taxas em quase 5% em um ano”, acrescentou.

    O Fed elevou sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual para uma faixa de 4,75% a 5% em sua reunião de março, à medida que se aproxima de um pico nas taxas.

    A maioria dos formuladores de política monetária do Fed desde então continuam a enfatizar a necessidade de se concentrar em trazer a inflação de volta à meta de 2% do banco central, com exceção de Goolsbee e da presidente do Fed de San Francisco, Mary Daly.

    Goolsbee disse que os dados econômicos recebidos antes da reunião de maio formarão sua opinião sobre se o Fed deve aumentar as taxas novamente, em particular a extensão do aperto nas condições de crédito após o colapso de dois bancos no mês passado.

    Na sexta-feira, o diretor do Fed Christopher Waller reforçou perspectiva de outro aumento de 0,25 ponto percentual em 2 e 3 de maio, ao dizer que a falta de progresso do banco central em reduzir a inflação significa que as taxas precisam subir.

    Embora Waller tenha dito que ainda não está claro se o estresse bancário levará a um aperto inesperado de empréstimos e crédito e desacelerará a economia mais do que o necessário, ele disse que a aparente estabilidade nos mercados financeiros mostrou que o Fed estava certo em aumentar as taxas em sua última reunião e manter o foco de política monetária no combate à inflação.

    “A política monetária precisa ser mais apertada. O quão mais vai depender dos dados sobre a inflação, a economia real e a extensão do aperto nas condições de crédito”, disse Waller em comentários preparados para entrega na Conferência Nacional de Treinamento de Graybar em San Antonio, Texas.

    Sistema bancário estável

    Desde a falência do Silicon Valley Bank em 10 de março, o Fed tem estudado os mercados financeiros e de crédito para ver se o contágio está se instalando.

    Waller disse que as medidas de emergência tomadas desde então “parecem ter sido bem-sucedidas em fornecer estabilidade ao sistema bancário”, uma conclusão que parece amplamente compartilhada pelos banqueiros centrais dos Estados Unidos.

    O cenário deixou o Fed livre para definir a política monetária com base no comportamento da economia e da inflação, com um aumento adicional de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros de 2 a 3 de maio. Isso elevaria a taxa a uma faixa de 5,00% a 5,25%.

    Até agora, disse Waller, ele vê tanto a economia quanto a inflação permanecendo mais fortes do que ele esperava.

    “A produção econômica e o emprego continuam crescendo em um ritmo sólido, enquanto a inflação permanece muito alta”, disse Waller, observando que os investidores não devem esperar que as taxas caiam tão cedo.

    “A política monetária precisará permanecer apertada por um período substancial de tempo e mais do que os mercados antecipam”, disse ele.

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