Funchal: Censo não contará com crédito extraordinário se tiver de ser realizado
"O que teremos que fazer é olhar dentro dos R$ 74 bilhões de [verba] discricionária e ver de onde vai cortar", afirmou o secretário do Tesouro Nacional


O secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, explicou que, se obrigatória, a realização do Censo 2021 não será feita por crédito extraordinário.
“Supondo que tenhamos que fazer o Censo, […] não é uma imprevisibilidade e não acredito que se encaixe em crédito extraordinário”, disse nesta quinta-feira (29).
“O que teremos que fazer é olhar dentro dos R$ 74 bilhões de discricionária e ver de onde vai cortar. É uma decisão de governo para poder ver de onde a gente tira para realocar para o Censo”, completou Funchal, que, em breve, assumirá o cargo de secretário especial de Fazenda, número 2 do ministro Paulo Guedes.
Embora o Orçamento de 2021 tenha deixado a pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) de fora, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, determinou, na última quarta-feira (28), que o estudo seja realizado. Sem a atualização da pesquisa Censo, os recursos repassados para estados e municípios na área da saúde podem não atender toda a população.
Risco de ‘shutdown’ é baixo
Funchal também afirmou que, após a solução do Orçamento, o risco de ‘shutdown’ (ou paralisação) na máquina pública este ano é bem baixo.
“Eu colocaria um risco baixo, próximo de zero. […] Quanto menor o nível da discriscionária, maior é esse risco. Este ano, estamos em um menor nível, mas gastamos menos ano passado. Então, é um risco controlado depois do ajuste do Orçamento”, completou.
Ainda assim, ele defendeu que o governo trabalhe de forma eficiente para reduzir ainda mais esse risco.