Queda no ICMS de combustível e energia impulsionou desaceleração do IPCA-15, diz economista
Economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, avalia que o grupo alimentação também deve apresentar queda nos próximos meses
A economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, afirmou, em entrevista à CNN, nesta terça-feira (26), que a queda no ICMS de combustíveis e energia elétrica impulsionou a desaceleração do IPCA-15 referente ao mês de julho.
“Ela [a queda] foi puxada pelos combustíveis e pelas tarifas de energia elétrica que teve o ICMS reduzido a partir da mesma lei que reduziu o imposto dos combustíveis, isso contribuiu para que tivéssemos essa leitura menor do IPCA-15″, afirmou.
Considerado uma “prévia da inflação oficial”, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) desacelerou para 0,13% em julho na comparação com o mês de junho, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira. Trata-se da menor variação mensal desde junho de 2020.
Vitória comentou ainda sobre o grupo alimentação, que registrou uma aceleração de 0,25% para 1,16%, em função dos aumentos do leite longa vida (22,27%) e derivados como requeijão (4,74%), manteiga (4,25%) e queijo (3,22%).
Segundo a economista, ainda que esteja sendo observadas “altas pontuais”, para o longo prazo é possível projetar uma desaceleração.
“Quando olhamos para frente, já conseguimos ver uma desaceleração no preço de alimentos. Tivemos essa alta específica de leites e derivados, mas começamos a ver no mercado atacado e no mercado internacional a cotação de commodities em queda – da soja, do milho, do trigo -, isso deve impactar os alimentos daqui para frente”, afirmou.
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