Proposta do Renda Cidadã respeitará o teto, diz Bittar após reunião com Guedes
Mais cedo, o senador esteve reunido com Bolsonaro e o presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia, para acertar os últimos detalhes do texto
Após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes nesta segunda-feira (5), o senador Marcio Bittar (MDB-AC) afirmou que a proposta para o novo programa de benefícios do governo federal, Renda Cidadã, será apresentada na quarta-feira, 7, pela manhã.
“O que posso dizer é que [estará] dentro do teto”, diz Bittar. “Agora, todos nós estamos estudando para que a gente apresente a proposta na quarta-feira pela manhã, e aí, a partir do orçamento, falaremos de onde a gente vai tirar [recursos] para ajudar essas pessoas”.
Mais cedo, o senador esteve reunido com o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia, para acertar os últimos detalhes do texto, que deve conter entre as opções de recursos dentro do orçamento, a taxação de lucros e dividendos.
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Bittar minimizou as rusgas entre Maia e Guedes, durante a semana passada, e disse que é normal haver divergências.
“Houve turbulências, é normal, são relações humanas, e agora as coisas, a meu juízo, entraram no eixo. O que eu posso dizer, repetir o que tenho falado há meses, é que o presidente tem a legitimidade. Ele é o chefe da nação.”
Bittar é o relator da PEC Emergencial, onde deve ser inserido o Renda Cidadã, assim como da PEC do Orçamento de 2021 e o Pacto Federativo. O governo tenta se manter dentro do teto de gastos, atrelado à inflação, para conseguir recursos para o novo programa, que deve pagar mais e ter mais beneficiários do que o Bolsa Família.
O senador também afirmou que foi ele quem procurou Maia na semana passada, para “pedir ajuda”. Questionado sobre um suposto jantar nesta segunda-feira com o presidente da Câmara, o ministro Paulo Guedes não se pronunciou.
Desentendimento
O mal-entendido entre Rodrigo Maia e Paulo Guedes foi causado por uma série de fatores. Num primeiro momento, o presidente da Câmara criticou o governo federal por não ter enviado o texto da reforma tributária no prazo previsto. Do outro lado, o ministro Paulo Guedes o acusou de não pautar as propostas de privatizações na Casa e de se aliar com “a esquerda”.
Também não foi bem recebida na Câmara a proposta inicial de financiamento do Renda Cidadã de não pagar precatórios e tirar verba do Fundo Nacional da Educação Básica, o Fundeb.
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