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    Projetos de hidrogênio verde somam mais de R$ 188 bilhões em investimentos, diz CNI

    Segundo a agência, expectativa é que o Brasil produza hidrogênio com um dos menores custos do mundo em 2030

    Gisele Farias*da CNN , São Paulo

    Os investimentos anunciados para mais de 20 projetos de hidrogênio a partir de fontes renováveis no Brasil já somam R$ 188,7 bilhões, conforme o estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta segunda-feira (26).

    Além disso, em 2030, o Brasil deverá produzir hidrogênio com um dos menores custos do mundo, devido ao baixo custo e a alta elasticidade de oferta da geração elétrica renovável que colocam o país em vantagem competitiva.

    Segundo também a CNI, o hidrogênio verde, produzido com base em fontes renováveis ou fontes fósseis relacionadas à captura e estocagem de dióxido de carbono, é um método para descarbonização de indústrias que necessitam de calor em alta temperatura, como as de aço, vidro, química, alumínio e a de fertilizantes.

     

    Hidrogênio Verde e Portos pelo Brasil

    A maior parcela de investimentos será destinada ao Porto de Pacém, no Ceará, que deverá receber cerca de R$ 110,6 bilhões.

    No estado, foi lançado pelo governo local, em fevereiro de 2021, um hub de hidrogênio verde, que já estabeleceu quatro pré-contratos com empresas nacionais e internacionais.

    Outros diversos portos brasileiros estão desenvolvendo projetos para se destacarem como centros de hidrogênio de baixo carbono.

    Os demais investimentos serão destinados, principalmente, para os seguintes portos brasileiros: Portos de Parnaíba (PI) com R$ 20,4 bi; Suape (PE) com R$ 19,6 bi; e Açu, no Rio de Janeiro, que deverá receber R$ 16,5 bilhões.

    A região Nordeste lidera o ranking com a maior quantidade de iniciativas de projetos de hidrogênio de baixo carbono – 41% da distribuição está localizada no Ceará (CE).

    Já no Sudeste, se destacam os estados do Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP), com 11% e 8% respectivamente.

    Interesse Global

    Conforme o estudo divulgado pela CNI, o foco na exportação de hidrogênio verde também se deve pelo interesse de importação desses produtos pela Europa.

    Recentemente, foi organizado um leilão internacional pela Alemanha para a compra de amônia verde, produto químico com a maior demanda industrial de hidrogênio.

    A produção de amônia, no Brasil, consome cerca de 145 mil toneladas de hidrogênio por ano.

    O incentivo ao mercado de hidrogênio de baixo carbono pode ser uma boa oportunidade para que o país gerencie a balança comercial de commodity, sendo que são importadas quantidades significativas de fertilizantes nitrogenados.

    O estudo ainda menciona que estão sendo oferecidos subsídios massivos pelos governos dos Estados Unidos e da Europa para a produção de hidrogênio gerado por fontes renováveis. Porém, ainda não há incentivos fiscais governamentais, no Brasil, para apoiar o nascimento do mercado.

    Expectativa de lucro

    Segundo pesquisa da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV), o setor de hidrogênio verde espera ter um superávit de 75 bilhões até 2030.

    O Brasil é um dos países mais promissores na produção de hidrogênio verde, sendo que a matriz energética do país é 85% limpa, enquanto o hidrogênio com baixa emissão de carbono deve ser produzido obrigatoriamente a partir de uma fonte renovável.

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