Produtos para festa junina registram alta de 0,34% em maio, mostra índice
Para fazer o cálculo, a Associação Paulista de Supermercados (APAS) acompanha o preço de 40 produtos
Os produtos indispensáveis para as Festas Juninas ficaram mais caros em maio. A cesta com produtos típicos do período — composta por itens como doces, bolos, vinho tinto, leite e milho — apresentou alta de 0,34% no mês.
Os dados são do Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) em parceria com a Fipe e divulgados com exclusividade para a CNN. Para fazer o cálculo, a entidade acompanha o preço de 40 produtos.
Nos últimos 12 meses, os preços de itens para festa juninas desaceleraram, acumulando alta de 5,39%. Esse valor é abaixo do IPS-Fipe — índice de preços nos supermercados —, que subiu 7,25% no mesmo período.
O destaque vai para o leite, que sofreu uma das maiores variações. No mês de maio, o produto acumula alta de 0,42% — nos últimos 12 meses, a alta é de 1,88%.
Segundo a associação, a alta no preço do leite no início de 2023 está relacionada à redução dos estoques dos produtores e ao aumento dos custos de produção.
O arroz, utilizado para fazer o arroz-doce, também registrou alta de 2,24% no período; nos últimos 12 meses, o aumento é de 1,14%.
Em contrapartida, itens como os óleos (-0,31) e o pão francês (-0,12) tiveram redução de preço no mês.
FGV calcula aumento de 11,41% nos produtos juninos em um ano
Outro levantamento, feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-IBRE), mostra que os preços dos ingredientes de festas juninas aumentaram, em média, 11,41% nos últimos 12 meses.
O estudo considerou 27 itens alimentícios da cesta do Índice de Preços ao Consumidor (IPC).
No mesmo período, a inflação ao consumidor, medida pelo IPC-S, desacelerou, registrando aumento de 3,75% no mesmo período.
O fubá de milho registrou a alta mais expressiva da cesta, com 42,48% em 12 meses. Ovos, farinha de trigo e leite também estão mais caros, com alta de 29,79%, 17,33% e 13,21%, respectivamente.
Apenas o açúcar refinado alivia um pouco a receita, com uma queda de 2,16% no mesmo período.
*Sob supervisão de Ana Carolina Nunes, da CNN.