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    Produtos e serviços sofrem aumento de 3,81% no período de férias, aponta FGV

    Segundo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, resultado foi influenciado principalmente pelo aumento em itens do grupo de alimentação fora do domicílio

    Maria Luiza Araujo

    Os preços dos principais produtos relacionados às férias escolares registraram avanço médio de 3,81% em 12 meses encerrados em julho, conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), publicado nesta sexta-feira (26).

    A pesquisa considerou 12 itens da cesta que compõe o Índice de Preços ao Consumidor (IPC/FGV).

    No mesmo período do ano anterior, essa mesma cesta acumulava 5,66% de alta em 12 meses, enquanto a inflação geral era de 2,22%.

    Segundo a FGV, o resultado foi influenciado principalmente pelo aumento em itens do grupo de alimentação fora do domicílio. Ao excluir esses itens da cesta básica, a “inflação de férias” seria cerca de 2,7%.

    Na gama de produtos, a pesquisa destacou aumento de itens para aproveitar o período fora de casa, com encarecimento do açaí (7,93%), doces e salgados (5,65%) e refeições em restaurantes (4,22%).

    Serviços, como entretenimento e lazer, também ficaram mais caros, com teatros e cinemas subindo 5,65% e 4,68%, respectivamente.

    Para Matheus Dias, economista do Ibre/FGV, os números da cesta de férias se devem a resistência dos serviços ao processo de desinflação em curso na economia brasileira.

    “Os serviços de alimentação na cesta, como bares, restaurantes e lanches, tiveram a maior contribuição para a inflação de férias. Esses itens estão ligados não apenas à
    pressão pelo lado da demanda que ocorre desde o pós-pandemia, mas também pelo lado da oferta com aumentos nos preços dos alimentos e pressão do câmbio”, explica.

    “Os comércios acabam repassando o aumento de custos dos insumos para o consumidor final como forma de manutenção das margens”.

    *Sob supervisão de Gabriel Bosa

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