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    Produção industrial cai 0,7% em setembro, diz IBGE

    Mercado esperava recuo de 0,6% na produção; trata-se da segunda queda mensal seguida no setor, que se encontra 2,4% abaixo do patamar pré-pandemia

    Ligia TuonFabrício Juliãodo CNN Brasil Business , em São Paulo

    produção industrial caiu 0,7% na passagem de agosto para setembro, disse o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (1º). Trata-se da segunda queda mensal seguida no setor, que acumula perda de 1,4% no período.

    Vale ressaltar que o mercado esperava queda de 0,6%, segundo pesquisa da Reuters. As quatro grandes categorias econômicas e 21 dos 26 ramos pesquisados mostraram redução na produção, segundo o IBGE.

    Bens de consumo semi e não duráveis (-1,4%) e bens intermediários (-1,1%) tiveram as maiores taxas negativas, enquanto bens de capital (-0,5%) e de bens de consumo duráveis (-0,2%) também mostraram redução em setembro.

    Com esses resultados, o Instituto informou que o setor industrial ainda se encontra 2,4% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,7% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

    Na comparação anual, com setembro de 2021, o setor industrial avançou 0,4%, com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas:  bens de consumo duráveis (10,5%) e bens de capital (4,6%).

    Por outro lado, os segmentos de bens intermediários (-0,3%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-1,4%) apontaram recuos na comparação.

    O IBGE destacou que setembro de 2022 teve o mesmo número de dias que igual mês do ano anterior (21 dias).

    Já no índice acumulado no ano, o setor industrial assinala queda de 1,1%, com resultados negativos em todas as quatro grandes categorias econômicas.

    O perfil dos resultados para os nove meses de 2022 registrados até o momento mostrou menor dinamismo para bens de consumo duráveis (-5,3%), pressionado pelas reduções na fabricação de eletrodomésticos (-16,4%), especialmente os da “linha branca” (-20,3%).

    Já os segmentos de bens intermediários (-1,0%), de bens de consumo semi e não duráveis (-0,7%) e de bens de capital (-0,5%) também tiveram resultados negativos no ano, mas todos com recuos menos intensos do que a média da indústria (-1,1%).

    Destaques negativos

    Entre as atividades com maiores contribuições negativas, o IBGE destaca o setor de produtos alimentícios (-2,9%), metalurgia (-7,6%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%). Também foram registrados recuos em bebidas (-4,6%) e produtos de madeira (-8,8%).

    Destaques positivos

    Por outro lado, entre as cinco atividades em alta, indústrias extrativas (1,8%) e máquinas e equipamentos (2,2%) exerceram os principais impactos em setembro de 2022, com a primeira eliminando parte do recuo de 3,1% registrado em agosto e a segunda marcando o segundo mês seguido de expansão na produção, acumulando 15,3% de ganho nesse período.

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