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    Privatizações devem começar no ano que vem, diz secretária do PPI

    Anna Russi, , do CNN Brasil Business, em Brasília

    A secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier, afirmou que o governo pretende começar a entregar as privatizações a partir de 2021. “Em 2021, temos 91 ativos dos mais diversos, os quais trabalhamos muito para entregar no ano que vem. Assim, a agenda de privatizações começa efetivamente a ter entregas no ano que vem”, disse. 

    Após a saída de Salim Mattar, que comandava a Secretaria Especial de Desestatização e Privatização do Ministério da Economia, Seillier é um dos nomes mais fortes entre os cotados para ocupar o cargo. Ela participou de debater virtual nesta quarta-feira (12), promovido pela Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABPT). 

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    Segundo a secretária, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem razão em cobrar mais celeridade na venda de estatais. No entanto, ela ressaltou que a demora no avanço da agenda é justificada pelas etapas exigidas no processo. 

    “As pessoas têm dificuldade de entender porque não pode acontecer em alguns meses, assim como uma decisão de venda de uma empresa privada. Temos que entender que cada empresa pública tem uma política pública por trás, a qual precisa ser endereçada diante do projeto de desestatização”, explicou. 

    Para exemplificar, ela citou o caso da privatização da Eletrobras, que precisa ser autorizada pelo Congresso. “Além de serem necessárias diversas modelagens para garantir que um único investidor não seja grande o suficiente para interferir nesse mercado, que é sensível e estratégico para o Brasil”, observou. 

    “Temos obrigações, como fazer audiências públicas, responder a todas as contribuições, passar pelas análises do Tribunal de Contas da União (TCU) que contribui com o processo, apontando falhas e trazendo melhorias. Tudo isso leva tempo. E entre a publicação do edital e a realização do leilão deixamos 100 dias para que todos os interessados possam se estruturar e para que a gente tenha certames concorrenciais”, completou. 

    Na avaliação de Seillier, a pressão sobre o PPI ficou ainda maior em meio a atual crise. “Sabemos que o que já era importante antes da crise, ficou ainda mais importante para a nossa saída da crise por meio do investimento em infraestrutura”, comentou.

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