Prisma Fiscal: mercado vê déficit primário e dívida menor em 2025
Projeção de déficit do governo central foi de R$ 87,2 bilhões para R$ 84,2 bilhões
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O relatório Prisma Fiscal divulgado nesta quinta-feira (16) mostrou que a mediana das expectativa do mercado para o resultado primário do governo central em 2025 melhorou: a projeção de déficit foi de R$ 87,2 bilhões para R$ 84,2 bilhões.
A expectativa para a dívida bruta do governo geral também teve variação positiva: saiu de 82% do Produto Interno Bruto (PIB) para 81,2% do PIB.
O documento também passou a apresentar as previsões do mercado para 2026, apontando para um déficit de R$ 79,308 bilhões, ante R$78,779 bilhões em dados coletados no mês passado.
Em relação à dívida bruta do governo geral, os economistas esperam que ela fique em 81,20% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2025, abaixo do patamar projetado em dezembro, 82,00%. Em 2026, a previsão é de que a dívida chegue a 84,70% do PIB, ante projeção anterior de 85,53%.
Os dados vêm em meio a preocupações persistentes do mercado com a capacidade do governo de melhorar a trajetória das contas públicas, com dúvidas sobre a sustentação do arcabouço fiscal, enquanto o choque nos juros básicos pelo Banco Central tende a elevar o custo da dívida pública.
O governo anunciou medidas de contenção de gastos no fim do ano passado, mas o pacote não foi bem digerido pelo mercado sob avaliação de que as iniciativas não serão suficientes para sanear as contas públicas e equilibrar a dívida.
Para a arrecadação federal, a expectativa mediana no Prisma subiu para este ano e o próximo. A nova projeção indica a entrada de R$ 2,844 trilhões em 2025, contra R$ 2,830 trilhões estimados no mês anterior. Em 2026, a arrecadação federal é vista em R$ 3,009 trilhões, contra R$ 2,993 trilhões projetados em dezembro.
Os economistas consultados no Prisma ainda subiram a projeção para as despesas totais do governo central neste ano para R$ 2,384 trilhões, de R$ 2,378 trilhões anteriormente. Para 2026, a estimativa subiu a R$ 2,546 trilhões, de R$ 2,527 trilhões em dezembro.