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    Principal preocupação de Lula é que economia responda, diz Jader Filho sobre BC

    Ministro das Cidades concedeu entrevista exclusiva à CNN; também comentou sobre investimentos no saneamento básico

    Caio JunqueiraTainá FarfanTiago Tortellada CNN , em Brasília

    O ministro das Cidades, Jader Filho (MDB), afirmou em entrevista exclusiva à CNN nesta quarta-feira (15) que a principal preocupação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no entrave com o Banco Central é que a “economia responda”.

    “Entendo que o presidente Lula tem que brigar para que nossa economia dê respostas. Entendo que o presidente tem se esforçado nesse sentido. Se a economia girar, vem bons ares para o nosso país. Acho que é essa a principal preocupação do presidente, que a nossa economia responda”, afirmou.

    Filho também comentou sobre o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), relançado nesta terça-feira (14). A expectativa do governo federal é contratar dois milhões de moradias até 2026.

    Segundo o ministro, o programa é “prioridade máxima” do governo, focando também em obras de qualidade para a população. Conforme destacou, serão lançadas nos próximos 30 dias as normativas que vão orientar o MCMV.

    Ainda de acordo com Filho, “habitação não foi prioridade do governo anterior”.

    Quanto à secretaria de Habitação, que é responsável por tocar o programa, que ainda não possui nome definido para comandá-la, ele avaliou que não há “indefinição”.

    “O que houve em relação à nomeação do meu indicado, que é o Hailton Madureira, aconteceu por um problema burocrático entre Ministério da Fazenda e sua nomeação, por isso precisou ser refeita. Nossa relação com a bancada [do MDB] é a melhor possível e tenho falado diariamente com os deputados, que compreendem a necessidade de termos um técnico diante de um projeto tão importante como é o Minha Casa Minha Vida”, destacou.

    Saneamento básico

    O ministro das Cidades também afirmou que a prioridade no tema saneamento é “investimento”, não podendo ter “preconceito com ninguém”, ou seja, dialogar tanto com a iniciativa privada quanto com o setor público.

    “Acredito que nos próximos dias conseguiremos um entendimento, porque a orientação do presidente Lula é que não tem que ter opção do investimento. Ele tem que ser tanto da iniciativa privada quanto do poder público”, disse.

    “Nós temos uma meta, que é alcançar a universalização, e é isso que a gente tem buscado: mecanismos para facilitar que o investimento aconteça, a gente não precisa excluir o investimento de ninguém”, acrescentou.

    Funasa

    Em outro trecho da entrevista, Jader Filho destacou que, “para o governo, o melhor caminho é a extinção da Funasa”.

    “A informação que temos é que a Funasa continuará com suas atribuições uma parte no ministério de Cidades, outra com o ministério da saúde. Obviamente a Medida Provisória precisa ser aprovada no Congresso”, ressaltou.

    “Para o governo, o melhor caminho é a extinção da Funasa, colocando as atribuições de saneamento no Ministério das Cidades e a parte da saúde ficar com o Ministério da Saúde”, complementou.

    “Existem alguns critérios ou algumas análises fundamentalmente sobre os resultados que tem sido feitos nos últimos anos com esse investimento que tem sido feito na funasa que, na compreensão da gente, não tem dado resultado”, adicionou.

    Áreas de risco

    Outro ponto abordado pelo ministro foi a questão de obras em áreas de risco. Também classificando como um problema que deve ser enfrentado, ele informou que as áreas de risco estão sendo mapeadas.

    Ao mesmo tempo, apontou que o governo trará soluções rápidas para que problemas futuros não ocorram, mas é necessário fazer obras estruturantes, “que levam um certo tempo para darem respostas”.

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