IPCA-15 encerra 2024 em 4,71% e estoura teto da meta
Grupo de Alimentação e bebidas foi responsável pela maior variação em dezembro (1,56%) e, no acumulado dos últimos 12 meses (8%)
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) apresentou alta de 0,34% em dezembro, e fechou o ano de 2024 com variação acumulada de 4,71%, de acordo com dados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicados sexta-feira (27).
O resultado acumulado no ano ficou acima da meta da inflação perseguida pelo Banco Central (BC), de 3%, com margem de 1,5 ponto para mais (4,5%) ou menos (1,5%).
Segundo pesquisa da Reuters, as expectativas dos economistas eram de alta inflacionária de 0,45% e 4,82% respectivamente no mês e em 12 meses.
O grupo de Alimentação e bebidas foi responsável pela maior variação em dezembro (1,56%) e, no acumulado dos últimos 12 meses (8,00%), sendo a maior do ano, seguida de Saúde e cuidados pessoais (6,03%), e Habitação (3,44%).
Os aumentos do óleo de soja (9,21%), da alcatra (9,02%), do contrafilé (8,33%) e da carne de porco (8,14%) contribuíram para a alta do grupo. No sentido oposto, itens como batata-inglesa (-9,85%), o tomate (-6,71%) e leite longa vida (-2,42%) tiveram queda nos preços.
O grupo de Despesas Pessoais, teve alta de 5,12% no acumulado de 12 meses e 1,36% em dezembro, sendo puxado pela alta do cigarro (12,78%).
O aumento do preço do produto foi consequência do aumento da alíquota específica do IPI em novembro. Também houve altas nos subitens cinema, teatro e concertos (2,58%) e cabeleireiro e barbeiro (1,37%).
Transportes teve aumento de 0,46%, puxado pelo custo das passagens aéreas (4,43%) em dezembro. Em 2024, a variação ficou em 2,32%, segundo o IPCA-15.
Os subitens ônibus urbano (1,20%), etanol (0,80%) e óleo diesel (0,41%) também apresentaram aumento, enquanto a gasolina (-0,01%) e gás veicular (-0,12%) apresentaram variações negativas.
Já entre as quedas, o grupo de Habitação foi que teve maior queda em dezembro, com -1,32%. A variação negativa foi causada pela energia elétrica residencial que recuou 5,72% em dezembro, com retorno da bandeira tarifária verde.
*Com informações da Reuters