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    Presidente do Banco Central diz que Brasil mostra ‘recuperação robusta’

    Questionado se assumiria o Ministério da Economia caso Guedes saísse do comando da pasta, Roberto Campos Neto disse que nunca foi sondado “para nada”

    Da CNN, em São Paulo

    A recuperação da economia brasileira, após ter sentido os efeitos da pandemia do novo coronavírus, tem se mostrado bastante robusta. Essa é a avaliação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. 

    Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (24), Campos Neto voltou a dizer que a economia brasileira passou por um efeito parecido com o “coma induzido” – em que funcionava normalmente e depois passou por um desligamento rápido de grande parte das atividades. 

    “A economia brasileira teve uma piora menor em vários índices do que outras do mercado emergente e está tendo uma recuperação mais rápida”, analisou, exemplificando com o setor de indústria e serviços.  

    O país, de acordo com Campos Neto, teve um começo de recuperação muito parecido com o formato de “V”.

    Sobre o teto de gastos, o presidente do BC acredita que foi importante para que se conseguisse fazer os pacotes de ajuda.

    “Se o teto não existisse, teria menos possibilidade de desviar de um gasto programado”, avaliou. “Se não tivesse o teto, a reação do mercado teria sido muito pior. Então o teto nos protegeu nessa operação de enfrentamento com as medidas de Covid-19”, acrescentou. 

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    Roberto Campos Neto
    Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central
    Foto: CNN (24.ago.2020)

    “Ainda não foi um ‘V’ completo, e agora observamos como vai ser a segunda parte da recuperação. Muito provavelmente vai ter alguma suavização, mas ainda assim a economia brasileira está se mostrando bastante robusta”, falou.

    Questionado se assumiria o Ministério da Economia caso o ministro Paulo Guedes deixe o comando da pasta, Campos Neto afirmou que tem um alinhamento de ideias “muito grande” com o ministro e que nunca foi sondado “para nada”.

    “Não faria sentido dado o alinhamento que temos. Acho que é uma distração e devemos concentrar os esforços, e o time é muito unido em fazer as entregas que são tão necessárias para o país”, afirmou. 

    (Edição: Sinara Peixoto)

     

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