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    Presidente da Petrobras diz que preço do Petróleo “já está afetado” e que piora na guerra seria “tempestade perfeita”

    Prates defende que, no momento, guerra não afeta os preços no Brasil

    Sofia Aguiar, do Estadão Conteúdo

    O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, avalia que, no momento, não há indícios de que a guerra entre Israel e o grupo Hamas interfira no preço dos combustíveis no Brasil.

    Contudo, se o conflito se alastrar, será a “tempestade perfeita” no mercado de petróleo e gás.

    Prates reconheceu que o conflito já apresentou um impacto inicial no preço do petróleo, mas que houve uma estabilização após alguns dias.

    Segundo o presidente da estatal, a cotação do petróleo está alta, “mas não tem, necessariamente, a ver com esse conflito em si. Já tinha uma inflação estrutural acontecendo.”

    Atualmente, o barril de petróleo Brent está sendo negociado em cerca de US$ 91 (R$ 461,02).

    Prates pontuou, em uma análise no curto prazo, que a situação não deve se agravar “até que o conflito se alastre para um país produtor”.

    “Falando de forma até um pouco insensível, claro que tem uma preocupação humanitária com o problema da guerra. Mas do ponto de vista do mercado de petróleo e gás, por enquanto, não há indício de que haverá alastramento disso para países como Irã, Egito, países produtores.”

    O presidente da estatal afirmou que, das conversas que tem tido até o momento com representantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a intenção é procurar uma solução pacífica para a guerra e evitar um alastramento para o restante do Oriente Médio.

    “O preço do petróleo já está afetado, piorar mais a guerra é a tempestade perfeita”, comentou.

    Prates disse ainda que pretende se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar sobre o assunto.

    Contudo, em meio à recuperação do chefe do Executivo no Palácio da Alvorada após ter realizado duas cirurgias no último dia 29, a agenda de Lula está mais restrita.

    Conversas com Opep e transição energética

    As declarações foram dadas no período da manhã, após Prates se reunir com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e com o secretário-geral da Opep, Haitham al-Ghais, que visita o Brasil nesta semana.

    De acordo com o presidente da Petrobras, o encontro foi de cortesia.

    Prates acrescentou que a organização está numa “missão” de renovação, trazendo uma visão mais comprometida com a transição energética.

    “O Brasil é importante, tem recursos naturais abundantes, está fazendo transição energética, é capaz de dar um exemplo como sempre e a gente tem estreitado as relações”, declarou.

    Veja também: Petróleo dispara com conflito no Oriente Médio

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