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    Presentes e alimentos elevam a inflação do Natal, aponta levantamento da FGV

    Apesar de alta de 5,39% nos últimos 12 meses, produtos apresentam variação inferior a do IPC

    Beatriz Puenteda CNN*

    A inflação dos itens natalinos registra alta de 5,39% no acumulado dos últimos 12 meses. O dado é produto de um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), divulgado nesta segunda-feira (13).

    A variação mostra que os produtos variaram menos que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da mesma instituição, segundo o qual a inflação geral registrada no período é de 9,88%.

    Embora a taxa deste ano seja duas vezes e meia menor que a de 2020, a inflação natalina de 2021 é mais alta que as dos três anos anteriores.

    Os alimentos da ceia foram os que mais puxaram o indicador, com variação média de 7,93%. Destaque para o frango inteiro (24,2%), que está no topo da lista de alimentos da festa que mais pressionam o bolso, seguido por ovos (17,7%), azeitona (15,1%), carnes bovinas (14,7%) e farinha de trigo (13,7%).

    Economista associado do FGV Ibre, Matheus Peçanha destacou o cenário que levou às altas dos produtos que vão fazer o consumidor pensar bem na hora de escolher o que colocar no carrinho.

    “Os reflexos dos problemas nos custos de produção que sofremos desde o ano passado, com secas, geadas, alta nos preços dos combustíveis e energia elétrica ainda se fazem sentir, sobretudo nas proteínas. O câmbio alto, favorecendo a exportação das carnes, também contribuiu para manter os preços em alta. No entanto, é bom ver que o retorno gradual das chuvas já tem normalizado a dinâmica de diversos preços de alimentos como arroz, frutas, hortaliças e legumes”, avaliou Peçanha.

    O preço do arroz registrou queda de 8,27%, assim como o do pernil suíno, que perdeu 1,27% do seu valor. Produtos como o leite longa vida, cebola e frutas subiram menos, com 0,81%, 1,87% e 2,84%, respectivamente.

    Os presentes de Natal também estarão mais caros do que no ano passado. A média da variação de preços dos produtos mais procurados ficou em 3,39%, contra 1,39% do ano anterior. A maior contribuição foi de itens do vestuário (4,80%), seguido de acessórios (2,57%), recreação e cultura (2,13%) e eletrodomésticos e eletrônicos (1,73%).

    Os itens com maior alta foram computadores (7,56%), roupas masculinas (6%), calçados masculinos (5,9%) e bijuterias (5,4%).

    *Sob supervisão de Stéfano Salles

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