Preocupação de brasileiro com economia supera saúde, educação e segurança, diz CNI
41% dos brasileiros consideram o desemprego como o maior problema do país, enquanto para outros 40% a maior preocupação é o custo de vida e a inflação
Com o avanço da pressão inflacionária, a preocupação com o desemprego, o custo de vida e a perda do poder de compra se tornou mais prioritária do que preocupações mais tradicionais nos últimos anos, como saúde, educação e segurança.
A informação é da pesquisa Brasileiros e Pós-Pandemia, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) encomendado ao Instituto FSB, que ouviu 2.016 pessoas em todos os estados e no Distrito Federal.
De acordo com a pesquisa, 41% dos brasileiros consideram o desemprego como o maior problema do país, enquanto para outros 40% a maior preocupação é o custo de vida e a inflação.
De um total de 23 problemas, a educação aparece em 5º lugar, a saúde em 8º, a segurança em 17º. “Apenas um quinto dos brasileiros consideram a educação prioridade, 18% elegeram o combate à pandemia e 12% os serviços de saúde. O tema segurança e combate à criminalidade recebeu a menção de apenas 5% da população”, diz a pesquisa.
Ainda segundo a CNI, para 45% da população a prioridade número 1 do governo deve ser o combate à pobreza. Outros 31% defendem o aumento do salário-mínimo e 28% pedem pela queda da inflação.
Enquanto 23% dos respondentes assinalaram o combate à corrupção, a geração de empregos é prioridade para 21%.
A intensidade de cada problema, no entanto, muda conforme escolaridade, renda e região do país dos respondentes. “Para a população analfabeta, o custo de vida (39%) e a pobreza (26%) são um problema maior do que o desemprego (25%)”, mostra.
O desemprego se torna um maior problema para a população com renda abaixo de cinco salários-mínimos. Entre famílias com renda acima de cinco salários mínimos, 37% sinalizam a inflação como o maior problema.
“No Sul, Norte e Centro-Oeste, o custo de vida também aparece em primeiro lugar. O desemprego é o principal problema para a população que mora no Sudeste e no Nordeste”, completa nota da CNI.