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    Preços do petróleo sobem 2% com oferta apertada, mas preocupações com demanda persistem

    Petróleo nos EUA (WTI) subiu US$ 1,44, ou 2%, para US$ 75,39 o barril, encerrando a sexta sessão consecutiva de quedas

    Por Laura Sanicola, da Reuters

    Os preços do petróleo subiram 2% nesta quinta-feira (23) com expectativas de cortes acentuados na produção russa no próximo mês, mas um dólar mais forte e um salto mais intenso do que o esperado nos estoques dos Estados Unidos aumentaram as preocupações com a demanda.

    O petróleo Brent subiu 1,61 dólar, ou 2%, para US$ 82,21 o barril, ante cerca de US$ 98,00 o barril na véspera da invasão da Ucrânia pela Rússia, um ano atrás.

    O petróleo nos EUA (WTI) subiu US$ 1,44, ou 2%, para US$ 75,39 o barril, encerrando a sexta sessão consecutiva de quedas.

    Os preços tiveram um impulso inicial com os planos da Rússia de cortar as exportações de petróleo de seus portos ocidentais em até 25% em março, superando os cortes de produção anunciados de 500.000 barris por dia.

    Enquanto um dólar mais forte continua sendo um obstáculo de curto prazo para o petróleo, os analistas do UBS disseram que esperam que uma menor produção russa e a reabertura da China irão apertar o mercado de petróleo e apoiar os preços.

    O índice do dólar subiu pela terceira sessão consecutiva, depois que a ata na quarta-feira da última reunião do Federal Reserve dos EUA mostrou que a maioria das autoridades do Fed concordou que os riscos de alta inflação justificavam novos aumentos de juros.

    Um dólar mais forte torna o petróleo denominado em dólar mais caro para detentores de outras moedas, afetando a demanda. Ambos os contratos de referência do petróleo perderam mais de US$ 2,00 na sessão anterior após a divulgação das atas do Fed.

    Os preços do petróleo também ficaram sob pressão depois que dados do governo dos EUA mostraram que os estoques de petróleo bruto do país aumentaram pela nona vez consecutiva na semana passada, alimentando preocupações com a demanda.

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