Preços do petróleo atingem máxima em mais de 2 anos com queda de estoque nos EUA
Os estoques em Cushing, Oklahoma, ponto de entrega para os futuros de petróleo dos EUA, recuaram 1,8 milhão de barris para a mínima desde março de 2020
Os preços do petróleo avançaram neta quarta-feira (23) com o Brent subindo acima dos US$ 76 o barril, a sua máxima desde o fim de 2018, após informações mostrarem que os estoques dos Estados Unidos recuaram com a temporada de viagens ganhando ritmo.
Os estoques de petróleo dos EUA recuaram 7,6 milhões de barris na semana passada, para 459,1 milhões de barris, segundo afirmou a Administração de Informação de Energia (AIE), uma queda mais brusca que os 3,9 milhões de barris que os analistas esperavam em pesquisa da Reuters. [EIA/S]
Os estoques em Cushing, Oklahoma, ponto de entrega para os futuros de petróleo dos EUA, recuaram 1,8 milhão de barris para a mínima desde março de 2020. Além disso, a demanda de gasolina foi mais alta na semana passada.
“As pessoas estão voltando aos seus carros e isso está mostrando números altos significantes. Esses números irão manter a pressão para alta dos preços”, afirmou Phil Flynn, analista sênior no Grupo de Preços Futuros de Chicago.
O petróleo Brent avançou US$ 0,38 ou 0,5%, para fechar a sessão em US$ 75,19 o barril.
A máxima da sessão, de US$ 76,02 após as informações da AIE, foi o maior valor desde outubro de 2018.
O petróleo dos EUA (WTI) subiu US$ 0,23 ou 0,3%, para fechar em US$ 73,08 após atingir US$ 74,25 também a máxima desde outubro de 2018.
Um recuo no dólar dos EUA impulsionou o preço do petróleo, sendo mais barato para compradores de outras moedas. [USD/]
O Brent ganhou mais que 45% este ano, apoiado pelos cortes de oferta da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e com a flexibilização das restrições do coronavírus impulsionando a demanda. Alguns executivos de indústria falam sobre o petróleo voltar aos US$ 100 pela primeira vez desde 2014.