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    Preços da energia batem recordes à medida que crise energética piora na Europa

    Preços da energia na Alemanha para o próximo ano, que são considerados referência, saltaram brevemente acima de US$ 999,80 por megawatt-hora nesta segunda-feira

    Julia Horowitzdo CNN Business em Londres

    Os preços da energia na Europa continuam a bater recordes, intensificando a crise energética da região e alimentando os temores sobre o acesso à eletricidade e aquecimento à medida que o clima começa a esfriar.

    Os preços da energia na Alemanha para o próximo ano, que são considerados referência na Europa, saltaram brevemente acima de 1.000 euros (US$ 999,80) por megawatt-hora nesta segunda-feira (29), antes de cair para 840 euros (US$ 839,69) por megawatt-hora.

    “Isso não é nada normal. É incrivelmente volátil”, disse Fabian Rønningen, analista sênior da Rystad Energy. “Esses preços estão atingindo níveis agora que pensávamos que nunca veríamos.”

    Os preços subiram desde que a russa Gazprom anunciou que fecharia o gasoduto Nord Stream 1 por três dias a partir de quarta-feira (31) para realizar trabalhos de manutenção, reacendendo temores de que Moscou possa desligar completamente o gás para a Europa, que está correndo para estocar suprimentos antes do inverno.

    Quando o oleoduto crucial ficou offline para reparos por 10 dias em julho, muitos formuladores de políticas temeram que ele não voltasse .

    Quando a Rússia reiniciou as operações, os fluxos foram significativamente reduzidos.

    O setor nuclear da França, que fornece cerca de 70% da eletricidade do país, também está lutando com uma produção menor, elevando os preços da energia do país.

    A República Tcheca anunciou nesta segunda-feira que convocará uma reunião de emergência dos ministros de energia da Europa em Bruxelas na próxima semana, enquanto a região busca soluções.

    As empresas estão preocupadas com a possibilidade de interromper periodicamente as operações durante o inverno se houver falta de energia, enquanto as famílias podem ter dificuldades para pagar as contas de aquecimento crescentes.

    As consequências podem desencadear uma recessão profunda.

    Havia alguma razão para otimismo na segunda-feira. O ministro da Economia alemão, Robert Habeck, disse que os estoques de gás do país estão se esgotando e que o país não terá que pagar os altos preços atualmente comandados pelo mercado.

    As instalações de armazenamento de gás da Alemanha estão quase 83% cheias e atingirão o limite de 85% no início de setembro, de acordo com Habeck.

    Mas uma enorme incerteza perdura. Os altos preços da energia para o próximo ano indicam que os traders não acreditam que a crise será contida nos próximos meses, de acordo com Rønningen.

    “Pode ser que tenhamos vários invernos em que tenhamos que encontrar soluções de alguma forma”, disse o CEO da Shell, Ben van Beurden, em entrevista coletiva na Noruega na segunda-feira.

    A Uniper, maior importadora de gás natural da Alemanha, disse que precisaria de mais ajuda do governo, pedindo mais 4 bilhões de euros (US$ 4 bilhões).

    A empresa disse que está com pouco dinheiro devido ao déficit nas exportações russas, o que a está forçando a pagar preços de mercado altíssimos para preencher lacunas na oferta.

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